Redação
Ciumentos de plantão não conseguem admitir sequer em pensamento a possibilidade de o parceiro olhar para outra pessoa na rua ou mesmo sentir atração por alguém fora da relação. Eles provavelmente também sofrem se percebem que têm o interesse despertado, sem saber exatamente o que fazer com o sentimento.
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Mas será que sentir traição é o mesmo que trair? A resposta pode variar muito de acordo com as regras estabelecidas na vida a dois e até com a própria criação. Porém, se formos honestos com nossos sentimentos, poderemos perceber que existe um espaço muito grande entre o que se deseja e o que se coloca em prática.
O ideal romântico de monogamia prega que a pessoa com quem se relaciona é única e que, se você se sente atraído por outra pessoa, é porque a relação precisa ser avaliada. De forma prática, porém, é possível compreender de forma racional que estar comprometido não inibe automaticamente seus desejos.
Para fazer uma comparação, pense naquele período em que está de dieta. Você segue uma disciplina alimentar equilibrada e, mesmo conseguindo evitar, não deixa de ser bombardeado por situações tentadoras que podem atrapalhar o emagrecimento. Há, portanto, uma grande diferença entre desejar um doce e sucumbir a ele. Trata-se de uma questão de escolha.
Um relacionamento não deve ser baseado em proibições ou limites impostos por outros. Você deve estar ao lado de uma pessoa por amor e afinidade, fato que não está relacionado à capacidade de sentir ou não atração por outras pessoas.
O que define uma traição não é precisamente o pensamento ou a fantasia de se relacionar com outras pessoas, mas sim o ato colocado em prática, ou seja, a materialização do ato.
Mas se ainda assim o conceito é algo que te incomoda, converse abertamente com seu parceiro ou parceira e conheça os sentimentos deles em relação ao assunto. Assim é mais fácil esclarecer a situação e até mesmo se livrar de possíveis culpas desnecessárias.
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