Como presidente interino, Toffoli defende o Congresso e a Constituição

Publicado em 24/09/2018, às 13h43
Dias Toffoli | Antônio Cruz/Agência Brasil -

Folhapress

Em seu primeiro discurso como presidente interino da República, o ministro Dias Toffoli defendeu o papel da política e do Congresso na democracia e exaltou a Constituição Federal de 1988, que completará 30 anos no próximo dia 5.

LEIA TAMBÉM

"A Constituição de 1988 é o nosso grande norte e temos que defendê-la e defender os grandes avanços do pacto da sociedade brasileira", disse.

Toffoli assumiu temporariamente a Presidência da República no domingo (23) em razão da viagem do presidente Michel Temer aos Estados Unidos, onde ele participa da Assembleia Geral da ONU, em Nova York.
Devido à ausência de um vice-presidente e ao impedimento eleitoral de os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), assumirem o cargo, cabe ao presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) exercer a Presidência interinamente.

Esta é a quinta vez que um presidente do STF assume o cargo apenas este ano. Nas viagens presidenciais anteriores, a ministra Cármen Lúcia foi quem ocupou o Palácio do Planalto. Em nenhuma delas, Cármen fez eventos públicos para sanção de projetos. 

Toffoli lembrou em sua fala o período eleitoral. "Uma grande nação se faz com coragem, se jogar o jogo democrático é demonstrar coragem e o jogo democrático é um jogo difícil e nós estamos exatamente passando por esse momento. Exatamente pelo momento do batismo das urnas."

Em entrevista à Folha de S.Paulo publicada nesta segunda-feira (24), o ministro defendeu a confiabilidade da urna eletrônica, que vem sendo colocada em xeque pelo líder das pesquisas, Jair Bolsonaro (PSL).
O discurso de Toffoli se deu em cerimônia no Palácio do Planalto, na manhã desta segunda. No cargo, ele sancionou três projetos de lei e assinou um decreto. Os textos promovem os direitos das mulheres, o acesso à educação de crianças e adolescentes, a ampliação da proteção a família e reserva vagas a deficientes em empresas públicas a deficientes.

Na tarde desta segunda, está previsto ainda um segundo evento, para sancionar um projeto de lei que modifica a licença paternidade para as Forças Armadas.

Gostou? Compartilhe

LEIA MAIS

Justiça condena homem que chamou artista de 'traveco' em post de casa de shows, em Maceió Justiça proíbe condomínio de usar galinhas contra praga de escorpiões Justiça manda indenizar mulher que contraiu HPV após traições do ex-marido STF nega liberdade condicional a ex-deputado Daniel Silveira