Como é ver 'The Eras Tour', de Taylor Swift, no cinema com fãs dançando aos berros

Publicado em 04/11/2023, às 15h57
Sessão do filme 'Taylor Swift: The Eras Tour', gravação do show da cantora americana que vem ao Brasil no meio do mês, no Cinemark do shopping Eldorado | Bruno Santos/Folhapress -

Guilherme Luis / Folhapress

A sala de número um do cinema do shopping Eldorado, em São Paulo, ficou cheia de gente de pé, dançando, cantando, batendo palma e gritando ao longo da noite desta sexta-feira. Foi exibido ali o filme "Taylor Swift: The Eras Tour", filmagem do megashow da cantora americana que fará três apresentações no Rio de Janeiro e três em São Paulo a partir do dia 18 de novembro.

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Desde que o longa-metragem estreou nos Estados Unidos, em 15 de outubro, viralizaram nas redes sociais vídeos em que fãs de Swift transformavam a sala de cinema numa espécie de discoteca, fazendo coreografias e pulando na área mais colada à tela.

Os mais de 200 brasileiros que preencheram a sessão das 18h no Cinemark do shopping Eldorado contiveram a empolgação por 20 minutos, enquanto eram exibidas as seis primeiras canções do show.

Mas bastou soarem as primeiras notas de "You Belong with Me", um dos hits mais antigos de Swift, para que dezenas de pessoas corressem pelas escadas da sala para prestigiar a filmagem de perto. Não houve timidez. Os fãs, quase todos adolescentes, davam pulos sincronizados, sacudiam as mãos para o alto, tiravam selfies, filmavam a tela, formavam círculos de mãos dadas e faziam dancinhas do TikTok.

Uma gritaria surgiu quando foi exibida a performance de "Love Story", ainda na primeira meia hora de filme, em que Swift narra uma história de amor –um homem estava ajoelhado com a mão estendida para a namorada.

As pessoas ao redor imaginaram estar presenciando um pedido de casamento, mas o estudante Lucas Coimbra, de 21 anos, contou à reportagem que só estava brincando com a amada, dando uma aliança de papel para ela, em referência à canção "Paper Rings", que Swift lançou em 2019.

No fundo da sala, na última fileira, havia uma menina de pé bebendo uma garrafa de vinho enquanto cantava as músicas do filme. No meio do recinto, pessoas dançavam de pé em frente às próprias poltronas, despreocupadas se atrapalhavam a visão de alguém.

Houve até quem aproveitou a sessão para ganhar dinheiro. Do lado de fora da sala, enquanto o filme não começava, a estudante Larissa Elou, de 27 anos, vendia pulseiras personalizadas com frases e títulos de músicas de Swift. Depois do filme, à noite, ela vai a uma festa temática da cantora, onde também vai tentar comercializar os acessórios feitos de miçangas coloridas.

Havia também os fãs mais calmos, que estavam ali só para assistir ao filme, sentados, murmurando as canções e comendo pipoca. O Cinemark vendeu combos com o quitute, refrigerante, água, um balde e copo personalizados por preços salgados –no shopping Iguatemi, por exemplo, o kit sai a R$ 110 para quem compra pelo aplicativo. No Eldorado, o combo está esgotado.

Passado o susto inicial de ver pessoas se atropelando nas escadas do cinema para dançar em frente a uma tela, a experiência acaba ficando palatável para quem gosta da cantora. São exibidas quase todas as 45 canções que compõem a setlist do show. As câmeras a acompanham às vezes de perto, outras mais distantes, alternando ângulos privilegiados que poucos devem ver nas apresentações ao vivo. É uma filmagem que faz jus ao show megalomaníaco da cantora.

O longa-metragem alavancou a bilheteria dos cinemas dos Estados Unidos, quando estreou em 15 de outubro, em meio a um período fraco de Hollywood devido à greve dos atores americanos.

Nos Estados Unidos e no Canadá, ao longo do final de semana de estreia, do dia 13 ao dia 15 de outubro, o filme arrecadou cerca de US$ 97 milhões em ingressos, segundo a distribuidora AMC Entertainment. É mais do que qualquer outra filmagem de show já fez em seu lançamento.

Com ingressos esgotados para os seis shows no Brasil, "Taylor Swift: The Eras Tour" pode servir de consolo para quem não conseguiu um tíquete. É também um gostinho para quem vai ver a artista ao vivo nas próximas semanas. E pode ser uma experiência única –e inusitada– para quem é cinéfilo e está sem nada para fazer no final de semana.

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