Eberth Lins
Começa nesta segunda-feira (27) a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, que até 14 de junho quer imunizar 279.513 crianças em Alagoas. A meta da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) é vacinar 95% das crianças inseridas na faixa-etária recomendada, isto é, de 1 ano a menores de 5 anos. A poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, pode causar danos irreversíveis ao desenvolvimento das crianças.
LEIA TAMBÉM
O objetivo da campanha, capitaneada pelo Ministério da Saúde (MS), é conter o risco de reintrodução do poliovírus. "Para isso, é necessário alcançar alta e homogênea cobertura vacinal, uma vez que, em 2023, a Comissão Regional para a Certificação da Erradicação da Poliomielite na Região das Américas (RCC) classificou o Brasil como País com alto risco para a reintrodução do poliovírus selvagem", diz a Sesau.
“É essencial que pais e responsáveis levem as crianças, mesmo que acreditem estar com o esquema vacinal completo, pois os profissionais de saúde irão fazer uma checagem para saber quais vacinas são necessárias e também conferir se as vacinas estão em dia”, alerta o secretário de Estado da Saúde, Gustavo Pontes de Miranda.
Pais e responsáveis devem procurar um dos postos de vacinação, que estão espalhados nos 102 municípios de Alagoas. Para as crianças receberem a dose, é necessário ter tomado as três doses da vacina inativada poliomielite (VIP), do esquema básico de vacinação. Já as crianças menores de 1 ano de idade deverão ser vacinadas com a VIP (injetável).
A doença - A poliomielite é uma doença contagiosa causada por um vírus que vive no intestino e que pode infectar adultos e crianças. A transmissão se dá pelo contato direto com as fezes ou secreções eliminadas pelo corpo. A doença causa paralisia, e nos casos mais graves atinge os membros inferiores como paralisia de uma das pernas, pé torto, dores nas articulações e atinge também outros músculos que podem prejudicar a fala e a deglutição. Há 34 anos não são registrados casos da poliomielite em território brasileiro e o último caso detectado no Brasil ocorreu em 1989, no município de Souza, na Paraíba.
LEIA MAIS