Combate à fraude de identidade deve ser mais forte em 2024

Publicado em 14/12/2023, às 20h32
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Estadão Conteúdo

A Sumsub – plataforma internacional de verificação de identidade de ciclo completo – lançou recentemente o Identity Fraud Report 2023Além de escanear os tipos de fraude mais comuns nas transações online, desde o cadastro até as operações financeiras, compras, jogos etc., especialistas da empresa apontaram as principais tendências na indústria de verificação de identidade, combate à fraude e à lavagem de dinheiro para 2024.

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“A fusão da verificação de identidade com o monitoramento das transações será mais uma tentativa de frear os vetores de ataques fraudulentos, que estão cada vez mais sofisticados”, diz Pavel Goldman-Khalaydin, diretor de inteligência artificial e machine learning. Em sua opinião, diante de deepfakes cada vez mais difíceis de se detectar, os fornecedores terão que contar com abordagens antifraude em várias camadas – o que envolve inclusive a análise comportamental.  Além disso, a análise de rede será necessária para combater fraudes com eficiência. “As redes sociais vão apertar as regras, seguindo o modelo chinês com identificação obrigatória, seja para obter funcionalidade completa ou mesmo acesso básico. Também as tecnologias descentralizadas da Web3 devem começar a ser adotadas”.

Com os avanços da inteligência artificial (IA), que vem sendo amplamente utilizada tanto para criar deepfake quanto para detectar esse tipo sofisticado de fraude, Pavel afirma que, diante de um cenário regulatório tão desafiador, muitas empresas sentirão necessidade de compreender os princípios e requisitos subjacentes às regras de IA, especialmente os aplicáveis aos mercados em que operam. “Desde o final de 2022, com o lançamento do Chat GTP, as regulamentações da IA têm estado no centro das atenções e ainda será um elemento líder dos assuntos regulatórios em 2024. Sendo assim, as empresas devem se esforçar para se manterem atualizadas e compreenderem que a segurança da IA deverá ser parte integrante de suas atividades”.

Segundo o Relatório de Fraude de Identidade 2023 da Sumsub, entre 2022 e 2023, o número de deepfakes aumentou dez vezes globalmente. “Enquanto as tecnologias de IA continuarem a se desenvolver, surgirão fraudes sintéticas ainda mais sofisticadas, afetando toda e qualquer indústria que integre clientes online sem comunicação presencial”. O executivo afirma que as deepfakes estão cada vez mais convincentes e que um dos desdobramentos será, por exemplo, as deepfakes vocais. “Tanto os consumidores quanto as empresas devem estar hipervigilantes em relação à fraude sintética e buscar soluções antifraude em várias camadas, incluindo antifraude comportamental e monitoramento de transações para detectar o que o olho humano pode não ser capaz.”

Para Ilya Brovin, diretor de expansão da Sumsub, o alerta vermelho já chegou a empresas de importantes setores da economia. “Essas organizações finalmente devem abandonar o método ‘faça você mesmo’, com verificações internas, e passar para soluções de plataforma”. O especialista acredita que, apesar de muitas empresas terem dedicado tempo e esforço para construir soluções internas de prevenção à fraude, a sofisticação dos crimes cibernéticos impõe a terceirização do serviço de verificação, adotando prevenção em camadas.

Ilya acrescenta que, para se protegerem contra as atuais ameaças à segurança relacionadas à fraude, as organizações não podem esperar pela implementação de uma identificação digital única, confiável e aceita globalmente. “Essas ameaças exigirão que os prestadores de serviços tomem medidas proativas para expandir a sua própria lista de IDs aceitáveis, bem como a verificação não documental e a adoção de métodos de verificação alternativos, mantendo todos os mesmos padrões de segurança para aprimorar a precisão e a acessibilidade do seu processo de verificação.

”Os especialistas da Sumsub destacam sete tendências muito presentes em 2023 e que devem ganhar força em 2024:

  1. Aumento de deepfake (notícias, áudios, vídeos, imagens);
  2. Uso da Inteligência Artificial para detectar deepfakes, redes fraudulentas e outros vetores de ataque que são difíceis de detectar com uma solução pontual;
  3. Aquisição de contas para atividades fraudulentas (mula de dinheiro);
  4. Consolidação do mercado de verificação de identidade;
  5. Adoção do método de verificação de ciclo completo (soluções de plataforma) pelos provedores de KYC (know-your-client);
  6. Análise de rede para combater fraudes com eficiência;
  7. Verificação não documental em todos os lugares, já que é única e mais eficaz.

“É importante notar que previsões podem ou não se concretizar, já que o imponderável pode mudar o rumo da verificação de identidade. Entretanto, é fundamental que o mercado esteja preparado e atualizado com as últimas tendências e avanços tecnológicos”, conclui Pavel.

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