Com uso de robô e conexão 5G, médico faz cirurgia à distância em paciente; entenda

Publicado em 12/06/2024, às 08h44
Reprodução -

O Antagonista

Durante uma conferência médica em Roma, na Itália, o cirurgião chinês Zhang Xu realizou uma cirurgia de próstata de maneira remota em seu paciente a mais de 8.000 quilômetros de distância, em Pequim, na China.

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Essa prática exemplifica até onde a tecnologia pode auxiliar na transposição de barreiras geográficas na área da saúde.

O uso de tecnologia 5G foi fundamental para o sucesso do procedimento, e significou um marco na história das telecirurgias, ao ser realizada entre continentes.

O cirurgião utilizou um console cirúrgico avançado, conectado a braços robóticos, permitindo a execução do procedimento com precisão surpreendente.

Isso tudo foi possível graças à rápida transmissão de dados proporcionada pela rede 5G.

O que torna possível uma cirurgia a distância?

A tecnologia por trás das telecirurgias inclui não apenas o uso de consoles cirúrgicos e robôs, mas também uma conexão de internet extremamente robusta.

Durante a operação de Zhang Xu, foi utilizada uma conexão 5G conjuntamente com fibra óptica, minimizando a latência nas transmissões de vídeo para apenas 135 milissegundos – bem abaixo dos 200 milissegundos considerados o máximo aceitável para este tipo de procedimento.

Uma equipe chinesa realizou a primeira telecirurgia transcontinental ao vivo, tratando um paciente com câncer de próstata em Beijing a partir de Roma, a 8.100 km de distância. Foi a cirurgia robótica remota de maior distância já feita. pic.twitter.com/ryRfR3AEem

— Mundo China (@mundo_china) June 11, 2024

Telecirurgia pode beneficiar pacientes globalmente

Operações como a realizada pelo Dr. Zhang demonstram o potencial de expansão das telecirurgias, que podem ser particularmente úteis em situações onde pacientes em locais de difícil acesso necessitam de tratamentos especializados.

Essa tecnologia não apenas abre caminhos para uma maior democratização do acesso à saúde de alta qualidade, mas também reduz riscos associados a transportes de pacientes que se encontram em condições críticas.

Quais são os próximos passos para a telecirurgia?

Apesar dos êxitos atuais, o caminho para a universalização das telecirurgias envolve não apenas melhorias tecnológicas, mas também a regulamentação e criação de protocolos internacionais que garantam a segurança e a eficácia dos procedimentos.

A colaboração entre países, empresas de tecnologia e instituições de saúde será essencial para dar continuidade a esse avanço significativo.

Esse tipo de inovação reforça o papel crucial da tecnologia no avanço da medicina e como ela pode ultrapassar as fronteiras físicas para fornecer soluções revolucionárias.

O sucesso desta cirurgia não apenas maximiza as oportunidades para tratamentos eficazes em escala global, como também abre novos horizontes para o futuro da medicina.

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