Com história confusa, 'Vou Nadar Até Você' é o primeiro filme estrelado por Marquezine

Publicado em 21/08/2019, às 11h43
Agência do Rádio Mais -

Agência do Rádio Mais

A atriz global Bruna Marquezine acaba de estrear seu primeiro filme no Festival de Cinema de Gramado. Na última segunda-feira (19), o Palácio dos Festivais recebeu “Vou Nadar Até Você”, dirigido por Klaus Mitteldorf. O filme conta a estória de Ophelia, interpretada por Marquezine, uma garota de 20 anos, que sempre morou com a mãe Talia, interpretada pela atriz Ondina Clais.

LEIA TAMBÉM

A jovem Ophelia não sabe quem é seu pai, mas desconfia que seja Tedesco, um artista plástico alemão, interpretado por Peter Ketnath, residente no Brasil. Ela decide encontrá-lo de uma forma diferente, e envia uma carta para o homem dizendo que irá nadando até ele, a partir da ponte de Santos. A partir disso, Tedesco pede a Smutter, um grande amigo, que acompanhe a garota sem ela saber.

Bruna Marquezine celebrou sua estreia no cinema. A atriz, que dedicou a obra aos pais, diz estar feliz com o sonho realizado. “Estou muito feliz com esse momento, é muito marcante e vou guardar com carinho na minha memória. É um filme que eu tenho muito carinho, e toda a experiência aqui em Gramado tem sido incrível”, comemora Marquezine.

Porém, ao olhar da crítica, não foi uma boa estreia para Bruna. Um dos principais fatos que não agradam é que mesmo tendo uma 1 hora e 47 minutos, a trama parece durar uma eternidade. O filme não tem dinâmica, não conversa bem com o público e a linha temporal é cheia de erros e buracos não preenchidos.

A personagem Ophelia está nadando por dias em busca de um pai que ela não conhece. É claro que isso pode ser uma metáfora e significar tantas coisas, mas o diretor não deixa claro que é uma metáfora. A ideia é que realmente uma garota saiu pelo mundo nadando, dormiu em pistas de skate, usou drogas com desconhecidos e tudo isso foi algo bem cotidiano, como se ela estivesse protegida o tempo inteiro, em um país seguro.

Outro ponto a ser discutido é o fato da personagem de Bruna Marquezine estar sempre muito sexualizada. Apesar das cenas de nudez, não é isso que a torna sensual, mas movimentos de câmera e cortes específicos que não combinam com o roteiro.

A fotografia, no entanto, é linda. Há sempre um plano aberto, uso de drones, que tem sido bem comum nos filmes do festival, cores mais claras e que trazem um ar de “vida real”. É visualmente lindo, porém a história é confusa e cheia de furos.

Gostou? Compartilhe

LEIA MAIS

Filme ‘Ainda Estou Aqui’ estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta "Megalópolis" e terror sangrento são as estreias do cinema esta semana Filme 'aleatório' que mistura MMA e Jesus Cristo gera polêmica e piadas nas redes Terceiro filme de "Venom" é a grande estreia da semana nos cinemas