Cientista acredita ser possível reativar memória de quando éramos bebês

Publicado em 03/12/2016, às 21h00

Redação

O que você se lembra dos seus primeiros anos de vida? Quase ninguém lembra nada antes dos 3 anos de idade, e os cientistas não sabem exatamente o motivo para isso acontecer. Entretanto, essas memórias supostamente perdidas podem ser reativadas, de acordo com um novo estudo.

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Os cientistas acreditam que perdemos a memória de quando somos bebês porque nosso cérebro ainda está em formação. Entretanto, como explicar que nosso cérebro é tão potente a ponto de aprendermos a nos comunicar e nos mexer, mas não consegue reter quase nenhuma memória?

O pesquisador Alessio Travaglia acredita que, na verdade, as memórias estão sim em nosso cérebro, mas a gente não sabe direito como reativá-las. Segundo ele, um estímulo correto poderia fazer esse processo. Para tentar provar isso, Travaglia testou sua teoria com ratos, já que se acredita que esses animais também sofrem de amnésia infantil.

No caso dos ratinhos, os 2 ou 3 anos humanos equivalem a apenas 17 dias. Depois desse tempo, os animais se esquecem de situações básicas. Um exemplo é em relação ao choque: os ratos mais velhos sabem lugares de suas casinhas experimentais que dão descargas elétricas, entretanto, o mesmo não ocorre com o ratos-bebês.

Alessio Travaglia acredita ser possível reativar as memórias da infância se usarmos o estímulo correto

Travaglia sugere que se os ratinhos, ainda jovens, receberem um novo choque, eles vão aprender qual parte de suas casinhas são perigosas – uma sugestão de que isso poderia ter reativado a primeira informação, que teria sido esquecida por eles. Porém, nem todo mundo está acreditando nessa teoria...

Acontece que a primeira memória pode não estar de fato sendo religada, mas, sim, uma nova memória estar sendo criada através do estímulo ruim de um choque. Isso sem contar, é claro, que não dá para precisar que os ratos realmente sofrem de amnésia infantil igual aos seres humanos.

Agora, como transportar essa teoria para a gente? Que tipo de estímulo duplo seria necessário para relembrarmos de nossos primeiros dias na Terra? Seria possível fazer isso através da hipnose? Que espécie de traumas podem estar escondidos em nosso cérebro que não fazemos questão nenhuma de descobrir? Todas essas perguntas ainda precisam ser respondidas por Alessio Travaglia, mas, convenhamos, a ideia de podermos relembrar de tudo isso é bem legal, hein?

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