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Com o mau tempo no estado e os riscos de novos deslizamentos, o Corpo de Bombeiros de Pernambuco precisou interromper em alguns momentos as buscas nas áreas afetadas pela chuva no estado. Quando as condições permitem, as buscas retornam, segundo a corporação, o que aconteceu no começo da manhã de hoje.
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Desde quarta-feira (25), ao menos 91 pessoas morreram no estado e cerca de 5.000 pessoas perderam ou tiveram de deixar suas casas em áreas de risco por causa das chuvas, segundo a Defesa Civil de Pernambuco.
Fenômeno típico
As fortes chuvas que atingiram o Recife e cidades vizinhas foram provocadas por um sistema climático conhecido como Distúrbio Ondulatório de Leste. Ele tem como uma de suas principais características o deslocamento da massa de ar do oceano Atlântico para o continente.
Ele se movimenta em ondas. "A primeira onda vem trazendo chuvas de moderadas a fortes. O segundo movimento é caracterizado pela ausência ou reduzida precipitação. Na terceira onda, normalmente, podemos esperar chuvas ainda mais intensas", explicou o meteorologista Fabiano Prestelo, da Apac (Agência Pernambucana de Águas e Climas).
Segundo ele, a primeira onda observada no Distúrbio Ondulatório Leste deste ano foi justamente da última terça para a quarta. Neste momento, o fenômeno está começando a se dissipar.
Embora a previsão seja de continuidade das chuvas nos próximos dias, a expectativa é de que as precipitações aconteçam em intensidade reduzida, com chuvas de moderadas a fracas. "Mesmo que o fenômeno esteja se dissipando, nós temos que lembrar que estamos em período chuvoso. Então não descartamos que ele volte a ocorrer até a primeira quinzena de agosto", disse Fabiano Prestrelo.
O Distúrbio Ondulatório Leste é um fenômeno climático comum no Nordeste brasileiro, que todos os anos traz bastante chuva para a região, entre maio e agosto. Mas a intensidade registrada este ano é atípica, só observada a cada dez a 12 anos, de acordo com a Apac.
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