Chamusca valoriza pontos fora e avisa: 'Vamos fortes para o jogo com nossa torcida'

Publicado em 25/09/2019, às 15h45
Técnico Marcelo Chamusca | Gustavo Henrique / CRB -

Paulo Victor Malta

Mesmo após ter construído a vantagem de dois gols e ter visto o Vila Nova buscar o empate no Serra Dourada, o técnico Marcelo Chamusca não deixou de valorizar os quatro pontos conquistados nos dois jogos fora de casa. Em entrevista à Rádio CBN Maceió após a partida, o treinador do CRB afirmou que o clube vai forte com a torcida para o próximo duelo com o São Bento. 

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"A gente fazendo um balanço sobre os dois jogos, a gente sai para jogar dois jogos muito difíceis, e com atmosferas diferentes, e consegue levar quatro pontos, sendo que nós tivemos uma atuação nos dois jogos dentro daquilo que a gente esperava. Apesar de sair com o sentimento que poderia ter levado os seis pontos, principalmente pelo que a gente construiu e ter acabado no último momento com a maior chance. [...] Num balanço de tudo que aconteceu, a gente leva quatro pontos, vai muito forte para o jogo de sábado junto com nossa torcida. Estou muito satisfeito pelo que os jogadores produziram, acho que a gente pode continuar a nossa caminhada com a certeza de que temos um grupo competitivo, agora que as nuances da Série B, às vezes, acontecem esse tipo de situação e a gente tem que estar preparado e enaltecer o que os nossos jogadores fizeram nesses 180 minutos fora de casa", analisou.

Com o empate em Goiânia, o Galo chegou aos 37 pontos e seguiu na quarta colocação. O Regatas volta para Maceió e enfrenta o São Bento no sábado (28), às 21h, no Rei Pelé, pela 25ª rodada da Série B. 

Veja outros trechos da entrevista. 

O jogo

"Fizemos um jogo bom no geral. Os números, eu estava analisando, foram interessantes. Eficiência muito grande a gente vem tendo fora de casa. O adversário, se não me engano, finalizou 27 vezes, acertou apenas sete. Nós finalizamos nove e acertamos cinco. As duas últimas bolas do jogo foram duas finalizações que chegamos muito próximos de vencer o jogo. A história do jogo foi a seguinte. O adversário começou melhor, imprimindo uma pressão, a gente já sabia que isso aconteceria pelo momento que eles vêm vivendo, precisavam fazer um jogo de imposição. A torcida cobrando, uma dificuldade muito grande em relação aos jogos em casa. A nossa estratégia era segurar um pouco no início do jogo e, dentro dessa proposta um pouco mais defensiva, começar a criar algumas situações, em alguns momentos subindo a nossa linha de marcação, para trazer esse descontrole emocional na defesa e principalmente nos dois volantes do Vila Nova". 

"Conseguimos abrir muito cedo, uma história muito parecida com o jogo do Coritiba. Daí em diante o adversário sentiu muito. Pouco a pouco fomos nos construindo dentro do jogo. Terminamos o primeiro tempo com todo o controle do jogo. Voltamos para o segundo tempo dentro do mesmo patamar: controle, posse de bola, maior criação de oportunidades. Acho, inclusive, quando o jogo estava 2 a 0, que tivemos umas duas possibilidades muito claras. Fazendo analogia com uma luta de boxe, dar o golpe final, acertar o golpe que a gente derrubaria o adversário totalmente. Porque fazia 3 a 0 nessa atmosfera da torcida contra, os jogadores emocionalmente muito desestabilizados, seria realmente muito difícil o Vila Nova ter qualquer tipo de reação". 

"Só que aos 75 minutos, e assim é o futebol, eles conseguiram, em uma situação de bola parada, numa bola que sobrou, fazer o 2 a 1. A partir daí o jogo virou. Isso acho que é o mais maravilhoso do futebol. Já aconteceu várias vezes a meu favor, hoje aconteceu contra. O segundo gol, cinco minutos depois, em uma bola raspada. Observe que a gente tomou dois gols de bola parada, que normalmente a gente não toma, a gente é muito bom nesse aspecto defensivo e sempre se sobrepõe aos nossos adversários". 

"Mas a gente também tem que analisar que o adversário teve os seus méritos, aproveitou o seu melhor momento emocional no jogo e conseguiu criar essa igualdade por capacidade também. A gente não pode esquecer que jogou contra um adversário desesperado, que está a todo custo tentando lutar para sair de uma zona difícil, que é a do rebaixamento, sendo muito cobrado. A gente já esperava que o adversário viesse com esse ímpeto, que eles mostraram principalmente no segundo tempo".

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