Chamusca pede desculpas após derrota e analisa campanha do CRB no 1º turno

Publicado em 28/08/2019, às 16h38
Chamusca na partida entre CRB e Bragantino | Pei Fon / TNH1 -

Paulo Victor Malta

O CRB encerrou o primeiro turno da Série B do Campeonato Brasileiro com derrota por 3 a 0 para o Bragantino no Rei Pelé. O técnico Marcelo Chamusca concedeu entrevista coletiva após a partida, pediu desculpas ao torcedor pelo terceiro revés seguido em casa, justificou a atuação da equipe e analisou o desempenho do Galo na primeira metade da Segundona. 

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"Acho que o Bragantino foi merecedor do resultado, jogou melhor do que nós, é um time que vem nadando de braçadas no campeonato, pela estrutura, pelo investimento, pela qualidade e por tudo que eles vêm apresentando. Acho que perdermos para o Bragantino é uma situação, dentro da realidade das duas equipes, natural. O que não é natural, na verdade, é a gente fazer uma sequência onde a gente empatou com o Oeste e perdeu para Cuiabá e Vitória. Isso potencializa o resultado negativo jogando contra uma equipe poderosa como o Bragantino", avaliou o técnico, que comentou em seguida sobre o posicionamento da equipe entre os 10 primeiros na tabela. 


Foto: Pei Fon / TNH1

"Mas vou voltar a dizer. Fazendo um resumo, uma leitura das 19 rodadas neste primeiro momento, nós fizemos 27 pontos na competição. É uma pontuação interessante, já fiz esse levantamento. Houve equipes inclusive que viraram o turno com pontuação menor e conseguiram ter êxito ao final da competição. Se você pegar os dois últimos anos 17/18, nossa pontuação está muito superior. Brigamos sempre em cima da tabela durante os 19 jogos, estivemos muito próximos sempre a três pontos da zona de classificação. Se a gente for fazer o resumo, mesmo potencializando e não conseguindo alguns resultados, que eu sei que traz descontentamento ao torcedor, que fica chateado porque vem ao estádio com a expectativa de ver o time ganhar e isso não acontece. Isso acaba realmente desgastando, a gente sai chateado. Peço desculpas ao torcedor".  

O Regatas finalizou o primeiro turno com 27 pontos, ocupando a oitava colocação. Como a rodada ainda não acabou, o Alvirrubro ainda pode perder uma posição para o Londrina, que enfrenta o Guarani nesta quarta-feira (28), em Campinas. O próximo jogo do CRB é contra o próprio Londrina no sábado (31), às 16h30, no Estádio do Café, no Paraná, pela 20ª rodada. 

Veja outros trechos da entrevista. 

O jogo

"Primeiro tempo muito equilibrado em alguns momentos, começamos até bem no jogo. Nossa proposta, que era subir um pouquinho mais e dificultar a construção de jogo do Bragantino a partir da defesa, estava encaixada, surtindo efeito. Estávamos conseguindo neutralizar e ficar um pouco mais com a bola, tirar a bola do Bragantino. Conseguimos até criar algumas situações em contra-ataque interessantes no primeiro tempo. Acho que equilibramos muito o jogo. Aí eles fizeram o gol. A partir do momento em que eles fizeram o gol no primeiro tempo, a gente começou a fazer um jogo de transição e se abriu muito para o adversário". 

"Mas mesmo assim, a gente começou a trocar socos, golpes com o adversário. A gente batia no adversário e o adversário batia em nós. É o jogo que o Bragantino sabe fazer melhor. Eles jogam praticamente com um quarteto ofensivo enfiado na última linha de defesa. E quando você erra, e nós erramos bastante no último terço do campo, o adversário sai com muita velocidade. A gente estudou muito eles, já sabia que iria correr riscos fazendo esse tipo de jogo". 

"Viemos para o intervalo com o sentimento de que poderia melhorar nossa organização de pressão na saída do adversário. Começar a roubar um pouco mais a bola no campo deles e tentar criar um pouco mais de oportunidade dentro desse contexto. Fizemos isso até bem no início do segundo tempo. O adversário criou muito pouco no início e até mais ou menos o momento em que tomamos o segundo gol. Daí em diante o jogo virou totalmente". 

"Nós sentimos o segundo tempo em todos os aspectos do jogo. Na questão tática nos desorganizamos. Na questão física tivemos uma queda, normal e natural porque o adversário jogou na quinta-feira, teve dois dias a mais que nós para se recuperar. E nós domingo acordamos 5h, passamos o dia praticamente viajando, não tivemos condições de treinar segunda para vir para o jogo na terça às 16h30. É natural que um time que teve dois dias a mais acabe o jogo numa condição física melhor. Ainda mais você atrás do resultado, tendo que marcar pressão, isso nos desgastou bastante". 

"Desgastou também quando tomamos o segundo gol. A estratégia era a gente tentar jogar com o 1 a 0 e conseguir crescer em todos os aspectos neste 1 a 0 e tentar empatar o jogo pelo menos para igualar. Depois do segundo gol o jogo ficou muito mais difícil. O terceiro foi consequência da nossa desorganização, do nosso desgaste físico e todos os outros aspectos que acabaram interferindo. Perdemos totalmente o poder de reação e o jogo ficou muito mais para o Bragantino do que para nós. O terceiro gol na verdade foi consequência dessa nossa desorganização e pelo nosso desgaste, não só físico, mas principalmente mental. Você estar jogando em casa, o adversário sai com 2 a 0 na frente, time de qualidade, que sabe jogar, principalmente quando tem o placar". 

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