Agência Brasil
Foi lançada hoje (16) uma chamada pública para aperfeiçoamento de laboratórios que tenham necessidade de ambientes controlados em aspectos como pressão e temperatura. Serão destinados R$ 50 milhões para instituições de pesquisa em todo o país, sendo que 30% dos recursos estão reservados para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
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O dinheiro vem do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e será repassado pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Propostas serão recebidas até o próximo dia 19 de maio. O resultado final deve ser publicado em setembro. Cada projeto poderá solicitar de R$ 1 milhão a R$ 4 milhões em recursos.
O diretor científico e tecnológico da Finep, Marcelo Bortolini, destacou que a abertura da chamada atende a uma demanda das instituições por melhoria das instalações para realização de pesquisas. “Para que nós possamos desenvolver pesquisas na fronteira do conhecimento nós precisamos melhorar a nossa infraestrutura laboratorial”, disse.
Serão contemplados laboratórios que necessitam de alto grau de controle sobre os ambientes em aspectos como pressão, temperatura, iluminação, ruído, contaminação por partículas ou microrganismos. Assim, serão atendidas diversas áreas do conhecimento. O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, também ressaltou a importância de garantir aos pesquisadores brasileiros o acesso a equipamentos de qualidade.
“A gente precisa melhorar a infraestrutura de pesquisa do Brasil, nas nossas universidades, nos nossos centros de pesquisa. Colocar para os nossos pesquisadores a possibilidade de fazer pesquisa com bons equipamentos”, disse durante o lançamento da chamada.
Para o ministro, a pandemia de covid-19 mostrou a necessidade de o país aumentar os investimentos em pesquisa de ponta. “A gente não pode passar a pandemia e não aprender nada com ela. A gente tem que deixar o país muito mais preparado para as próximas pandemias”, acrescentou.
Além da expansão da infraestrutura, Pontes defende mais investimentos na formação de cientistas e pesquisadores. “Aumentar o número de mestres, doutores, pós-docs no setor. Esse é um trabalho que a gente tem feito com o CNPq [Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico] e a Capes [Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior]”, disse. Também é importante, na visão do ministro, aumentar o desenvolvimento de pesquisas na iniciativa privada. “Levar mestres e doutores para dentro das empresas para ter mais departamentos de pesquisa e desenvolvimento”.
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