Ascom TJAL
A 9ª Vara Criminal de Maceió leva a júri popular, nesta quinta-feira (24), Daniel Galdino Dias, acusado de matar dois adultos e duas crianças da mesma família, em 2015, na Capital. O crime ficou conhecido como "Chacina de Guaxuma". A sessão terá início às 8h, no Fórum do Barro Duro, e será conduzida pelo juiz Geraldo Cavalcante Amorim.
LEIA TAMBÉM
O crime ocorreu na madrugada de 8 de novembro, em um sítio localizado no bairro de Guaxuma, em Maceió. Foram assassinados a golpes de facão Evaldo da Silva Santos e Jenilza de Oliveira Paz, além das crianças Estérfany Eduarda de Oliveira Santos, de nove anos, e Adrian Guilherme de Oliveira Santos, de dois anos.
O outro filho do casal, na época com cinco anos de idade, também foi atacado pelo réu, mas sobreviveu e reconheceu Daniel como assassino. Além dos quatro assassinatos, Daniel Galdino será julgado pela tentativa de homicídio.
O réu havia sido pronunciado em 2019, mas recorreu na Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), que, ao analisar o recurso, manteve a decisão de pronúncia.
Ministério Público - O promotor Frederico Alves Monteiro Pereira, da 42ª Promotoria de Justiça da capital, que atuará no júri que levará ao banco dos réus Daniel Galdino Dias, acusado de matar dois adultos e duas crianças da mesma família, no crime que ficou conhecido como ‘chacina de Guaxuma’. Os homicídios aconteceram no dia 8 de novembro de 2015, no Sítio Senhor Péo.
O Ministério Público vai sustentar a tese de homicídio triplamente qualificado (artigo 121 da Lei nº 2.848/40): crime praticado com emprego de meio cruel, com recurso que dificultou a defesa da vítima e para assegurar a impunidade do crime.
“O Ministério Público de Alagoas espera que, na sessão plenária deste dia 24, restabeleça-se a ordem normativa quebrada em razão de um dos crimes mais bárbaros do estado, enviando uma mensagem de justiça à criança sobrevivente da chacina, aos seus familiares e a toda sociedade alagoana. Queremos, inclusive, aproveitar a oportunidade para parabenizar a Polícia Civil pelo brilhantismo das investigações”, afirmou o promotor Frederico Alves.
Caso chocou sociedade e autoridades - De acordo com os autos, a primeira vítima foi Evaldo, que saiu do sítio na companhia do acusado para fazer um trabalho. Durante o trajeto, Daniel teria surpreendido a vítima com golpes desferidos por instrumento corto-contundente em seu corpo, sendo vários golpes nas costas. A vítima ainda teve a mão amputada e jogada em uma vegetação próxima.
Em seguida, Daniel teria retornado à residência das vítimas e arrancado Jenilza de sua casa, ocasião em que a amarrou em uma das bases de concreto de um galpão em construção e a assassinou com vários golpes de instrumento corto-contundente.
Na ocasião, as crianças que estavam no local atenderam aos pedidos da mãe e fugiram, se escondendo no matagal. O choro do filho mais novo teria denunciado o paradeiro das crianças, que foram atacadas pelo réu. Apenas o menino de cinco anos resistiu aos ferimentos e, posteriormente, reconheceu o acusado.
LEIA MAIS