Cauã Reymond e Tatá Werneck viram alvo de CPI e têm sigilo bancário quebrado

Publicado em 24/08/2023, às 08h17
MultiShow/Reprodução -

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A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das Pirâmides Financeiras aprovou a quebra de sigilo bancário dos atores Cauã Raymond e Tatá Werneck, além do apresentador Marcelo Tas. A decisão foi divulgada no site oficial da Câmara dos Deputados após sessão realizada nessa quarta-feira (23).

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Atores são investigados por atuação em propagandas da empresa Atlas Quantum. A CPI também definiu a quebra de sigilo bancário do dono da empresa, Rodrigo Marques dos Santos.

Pedido foi do deputado federal Paulo Bilynskyj (PL-SP). "Requer que esta CPI decrete a quebra do sigilo bancário da empresa Atlas Quantum, pertencente à Rodrigo Marques dos Santos, CNPJ Nº 31.049.719/0001-40, e dos contratados, os senhores Cauã Reymond Marques e Marcelo Tristão Athayde de Souza, e a senhora Talita Werneck Arguelhes, assim como o acesso aos contratos e aos dados do pagador relativos às campanhas realizadas".

Artistas foram convocados para a comissão, mas não compareceram em reuniões após conseguirem habeas corpus emitido pelo Supremo Tribunal Federal.

Como Tatá Werneck, Cauã Reymond e Marcelo Tas estão envolvidos? A Atlas Quantum foi acusada de aplicar golpes de mais de R$ 7 bilhões, lesando cerca de 200 mil investidores — e o próprio Marcelo Tas foi um deles. Enquanto a empresa ainda operava, Tatá, Cauã e Tas participaram de campanhas publicitárias.

Diversos vídeos com Cauã e Tatá ainda estão disponíveis na página da Atlas Quantum no Facebook. Nas peças, os dois dão depoimentos falando por que acreditavam na empresa e no investimento em criptomoedas.

"Eu acho que as pessoas vão perceber que é um percurso natural, que elas precisam começar a ter maior controle sobre os seus gastos", diz Tatá. "Eu fiquei interessada por ter o domínio sobre algo que eu luto tanto e sempre lutei tanto para conseguir."

Tatá e Cauã ainda se uniram a um time de influenciadores para o chamado "Desafio Investidores", um evento transmitido ao vivo nas plataformas digitais para divulgar a empresa e os seus serviços.

"Eu acho que as criptomoedas estão aí e a gente precisa olhar para elas", diz Cauã. "Tenho alguns amigos que estão investindo e eles estão muito felizes."

Em nota enviada a Splash, os advogados de Tatá Werneck, Ricardo Brajterman e Maíra Fernandes, se manifestaram:

"Causou grande perplexidade essa convocação, porque Tatá atuou somente como garota propaganda da Atlas, há longínquos cinco anos, ocasião em que não havia nada que desabonasse aquela empresa. Ora, se o Banco Central, a CVM, o Ministério Público, a Receita Federal e os demais Órgãos Reguladores permitiam a atividade da Atlas junto ao grande público, como poderia a Tatá, que é somente uma atriz, adivinhar que essa empresa teria alguma atividade ilegal? É óbvio que se Tatá soubesse que a Atlas viria a se envolver em algum escândalo, lesando seus consumidores, ela jamais aceitaria vincular sua imagem àquela empresa, cabendo destacar que Tatá nunca investiu na Atlas; nunca foi sócia da Atlas ou teve qualquer participação nos rendimentos da Atlas. Tata foi somente uma prestadora de serviços sem qualquer envolvimento com as atividades e rotina da Atlas."

A reportagem ainda busca contato com a equipe de Tas. Cauã, ao ser questionado sobre o tema no Grande Prêmio de Cinema Brasileiro, disse que não falaria sobre isso.

Qual o envolvimento de Ronaldinho Gaúcho? A empresa 18K Ronaldinho é acusada de praticar esquema de pirâmide. A empresa prometia rendimentos de 2% ao dia em aplicações de criptomoedas, como o bitcoin.

No site oficial da empresa, o ex-jogador aparecia como um dos fundadores, ao lado do empresário Marcelo Lara e do gestor de operações Bruno Rodrigues. Segundo o Valor Econômico, Ronaldinho alega que teve sua imagem usada de forma indevida.

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