O desaparecimento do estudante de Direito e líder comunitário Sinezio Ferreira da Silva Júnior, de 33 anos, segue sem desfecho para familiares e amigos. A polícia assegura que o caso está sendo tratado como prioridade na Secretaria de Segurança Pública (SSP), que as investigações estão avançando e que respostas serão dadas à sociedade em breve.
Nesta quarta-feira, 1º de março, o coordenador da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic), delegado Sidney Tenório, adiantou que o desaparecimento de Sinezio Ferreira tem relação direta com a atuação de uma facção criminosa responsável por homicídios e pelo tráfico de drogas em bairros do Litoral Norte de Maceió. A motivação do crime, segundo Tenório, será mantida sob sigilo para não atrapalhar as investigações. "Quem está envolvido nesse caso, sabe. Sabe que a polícia vai chegar e vai prender", afirmou.
Sinezio Ferreira teria sido levado por quatro pessoas vestidas com fardamento da polícia, que o colocaram dentro de um carro. O caso é semelhante ao que aconteceu em Ipioca, há quase dois meses, com o homem identificado como Maxuel, o "Maruin".
"Existe, sim, provável ligação entre os dois casos. É provável que tenham sido praticados [os sequestros ] pela mesma facção. O que podemos falar hoje é que tratamos os casos ainda como sequestro, tendo em vista que a gente não tem a localização das vítimas, seja com vida ou em óbito. A gente torce para que sejam localizados com vida, mas sabemos que a cada dia que passa essa esperança da polícia e dos familiares diminui", disse o delegado em entrevista ao vivo para o programa Fique Alerta, da TV Pajuçara.
Sinezio desapareceu na noite do último dia 15, depois de marcar um encontro com um amigo no bairro Benedito Bentes. Esse amigo já foi ouvido pela polícia, mas, de acordo com o delegado Sidney, será chamado novamente para depor, a partir de novos elementos da investigação.