Caso Rhaniel: às vésperas do julgamento, mãe do menino concede entrevista exclusiva na prisão; assista

Publicado em 15/11/2022, às 08h02
Reprodução / TV Pajuçara -

TNH1, com TV Pajuçara

Ana Patrícia da Silva Laurentino, acusada de homicídio qualificado, estupro de vulnerável e ocultação de cadáver contra o próprio filho, Rhaniel Pedro Laurentino da Silva, uma criança de 10 anos, será julgada nesta quarta-feira, 16, ao lado do padrasto e o irmão dele. Às vésperas do júri popular, ela foi entrevistada com exclusividade pela equipe do Cidade Alerta Alagoas, da TV Pajuçara, na última sexta-feira, 11, no Sistema Prisional.

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Ana Patrícia alega que é inocente e aponta os assassinos do filho. Segundo ela, Vítor de Oliveria Serafim, seu companheiro, e Wagner de Oliveira Serafim, irmão de Vitor, são os responsáveis pela morte de Rhaniel. "Eu gostaria muito de eles dizerem na minha cara porque fizeram isso com o meu filho", disse Patrícia à repórter Beatriz Lacerda. Indagada sobre o que teria levado o companheiro e o cunhado a matarem o filho dela, Patrícia diz não saber o motivo.

A repórter Beatriz Lacerda lembra à Patrícia que as investigações apontaram que ela teria se juntado a Vítor e Wagner para esconder o crime. "A senhora participou do assassinato do seu filho?", pergunta a repórter. "Não, jamais, eu sou inocente", responde a mãe de Rhaniel.

Assista à entrevista completa:

O crime aconteceu em maio do ano passado, no bairro do Clima Bom, na parte alta de Maceió, e chocou a população alagoana. Além da mãe de Rhaniel, também serão julgados pelas mesmas acusações Vítor de Oliveria Serafim, companheiro de Ana Patrícia e padrasto da criança; e Wagner de Oliveira Serafim, irmão de Vítor Serafim. O padrasto de Rhaniel foi preso dois meses após o crime, suspeito de participação no homicídio e apontado como o autor do estupro da criança. 

Relembre o caso - O menino Rhaniel Pedro Laurentino da Silva foi encontrado morto com sinais de violência e abuso sexual no dia 13 de maio de 2021, em uma calçada na região próxima da casa onde morava, no bairro Clima Bom, parte alta de Maceió. Na ocasião, a própria mãe de Rhaniel deu entrevistas falando que a criança sumiu após sair de casa para uma aula de reforço escolar. O caso teve forte impacto na sociedade alagoana e ela chegou a receber homenagem do CSA na final do Campeonato Alagoano daquela temporada - Rhaniel era torcedor do clube. Os jogadores entregaram a faixa com a frase "Eternamente em nossos corações - Rhaniel Pedro" aos familiares da criança e deram um abraço simbólico em Ana Patrícia.

Mais de seis meses depois, a investigação do assassinato do pequeno Rhaniel chegou ao fim com as prisões da mãe da criança e do irmão do padrasto dela. A mulher, segundo os delegados, pesquisou sobre homicídio, pornografia, violência sexual contra crianças e formas de desovar o corpo antes do dia 12 de maio, quando o menino foi morto. 

Ana Patrícia levantou suspeita de participação no assassinato depois de ter vendido a bola que recebeu de presente durante a homenagem para o menino na final do Campeonato Alagoano deste ano. Segundo a polícia, ela cobrou R$ 1,5 mil para comercializar o item simbólico, o que fez as autoridades perceberem que a mãe não tinha muito apego pelo garoto.

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