Redação
Julgamento de Leonardo Lourenço estava previsto para acontecer nesta terça-feira (Crédito: Arquivo/TNH1)
Atualizado às 16h03
O julgamento de Leonardo Lourenço da Silva, acusado de assassinar a nutricionista Renata Sá em julho de 2014, previsto para ocorrer nesta terça-feira, 20, foi adiado para a próxima segunda-feira, 26.
Segundo a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), o motivo do adiamento foi a renúncia do processo por parte do advogado do réu. Ainda de acordo com a assessoria do TJ, um defensor público será nomeado para acompanhar o caso. Leonardo informou que não teria condições de arcar financeiramente com outro advogado.
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Em entrevista ao TNH1 nessa segunda, o primo de Renata, Bolivar Ferro, contou que os familiares da nutricionista realizam uma campanha através das redes sociais, no intuito de tentar garantir a condenação do acusado, impedindo que ele faça novas vítimas. “Sabemos que a condenação não vai trazer nossa Renata de volta, mas vai nos confortar, vai evitar que ele [Leonardo] faça novas Renatas”, diz.
De acordo com o juiz John Silas da Silva, titular da 8ª Vara Criminal de Maceió, na próxima segunda deverão ser ouvidos o réu e as testemunhas. Também ocorrerão os debates entre acusação e defesa. “Se não houver mais nenhum contratempo, esperamos encerrar o julgamento no mesmo dia. Esse caso chamou muito a atenção da sociedade e é essa mesma sociedade que agora vai dizer se o réu é culpado ou inocente”, afirmou o magistrado.
O caso
O crime ocorreu em julho de 2014, no bairro Santa Amélia, em Maceió. De acordo com a denúncia do Ministério Público (MP/AL), Renata Sá estava entrando em seu carro, quando foi abordada pelo acusado, que segurava uma arma. Ele assumiu a direção do veículo e ordenou que ela ficasse no banco traseiro.
Ainda segundo o órgão ministerial, Leonardo tinha a intenção de levar a vítima a um motel, onde a estupraria. Ele, no entanto, desistiu do plano e dirigiu até um matagal, onde efetuou dois disparos contra a nutricionista.
Depois do crime, o réu abandonou o carro da vítima próximo a uma oficina mecânica e fugiu. Leonardo acabou sendo filmado por câmeras de segurança que funcionavam no local e foi detido, dias depois, pela polícia. Na casa dele, foram encontradas a arma do crime e uma bolsa pertencente à nutricionista.
Em depoimento, Leonardo confessou o crime. Disse que matou por medo de ser reconhecido. Ele será julgado por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima). A sessão ocorrerá no Fórum do Barro Duro, no 2º Tribunal do Júri.
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