Caso Marcelo Leite: comissão de delegados encerra fase de oitivas e aguarda reconstituição

Publicado em 09/12/2022, às 19h10
Foto: Reprodução/Redes Sociais -

Theo Chaves

A comissão de delegados, responsável por investigar a ação policial que vitimou com um tiro de fuzil o empresário Marcelo Leite, encerrou, nesta sexta-feira (09), a fase de coleta de depoimentos sobre o caso. A informação foi confirmada ao TNH1 pelo delegado Sidney Tenório, um dos três delegados que está à frente das investigações.

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Na manhã de hoje, os dois comandantes das duas guarnições envolvidas na abordagem policial, que deixou Marcelo gravemente ferido naquele dia 14 de novembro, em Arapiraca, prestaram depoimentos e confirmaram a autoria dos disparos. Outros quatro militares já tinham sido ouvidos, nessa quinta-feira (08).

De acordo com o delegado Sidney Tenório, os comandantes admitiram os tiros direcionados ao veículo conduzido por Marcelo. "Um atirou nos pneus, outro atirou na lataria e veio a atingir o empresário. O conteúdo dos depoimentos será mantido sob sigilo", adiantou Tenório.

A próxima etapa da investigação, segundo Tenório, é a reprodução simulada do crime. "Na segunda-feira (12) devemos encaminhar todo o apurado para o IC (Instituto de Criminalística) e agendar a reconstituição", explicou o delegado.

Advogado de familiares contesta versão dos PMs - Em entrevista ao TNH1, nessa quarta-feira (07), o advogado Leonardo de Moraes, que representa os familiares de Marcelo, contestou a versão apresentada pelos PMs."A alegação dos familiares é baseada em provas, em vídeos. Temos imagens da ação policial que vitimou Marcelo. Em nenhum momento os vídeos mostram Marcelo em alta velocidade ou em posse de uma arma. Marcelo nunca teve arma. Além disso, a cena do crime foi totalmente modificada pelos policiais, e eles apresentaram uma arma que nunca esteve em posse de Marcelo.  O empresário foi atingido pelos disparos às 12h e 49 minutos do dia 14 de novembro, e foi dar entrada em uma unidade hospitalar, que fica a cerca de 1,5 quilômetros do local onde a ação aconteceu, por volta das 1h e 18 minutos. Ou seja, demoraram aproximadamente 30 minutos para socorrer Marcelo", detalhou o advogado.

Três delegados investigam o caso - O delegado-geral da Polícia Civil de Alagoas, Gustavo Xavier, designou, no último dia 17, uma comissão para atuar à frente das investigações, antes tratada como suposta tentativa de homicídio. A comissão é composta pelos delegados Filipe Ferreira Rodrigues Caldas (presidente da comissão), Sidney Walston Tenório de Araújo e Cayo Rodrigues da Silva. 

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