Theo Chaves
O Ministério Público de Alagoas (MP-AL) apontou o policial civil Eudson Oliveira de Matos como o coordenador do assassinato do ativista político Kléber Malaquias. O nome do agente público, que está detido em um presídio federal, foi citado pela promotora Lídia Malta Prata Lima, nesta terça-feira (18), durante o julgamento dos quatro réus denunciados pela morte do ativista político.
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De acordo com a promotoria, o agente público, que foi preso em setembro do ano passado, seria o elo entre o mandante do crime e os autores diretos do homicídio, que aconteceu em Rio Largo, em julho de 2020. Segundo a denúncia do MP, Eudson Matos ofereceu apoio logístico aos executores e ainda teria desempenhado papel essencial para a concretização do crime.
Já uma investigação feita pela Polícia Federal apontou que Eduson Matos e um delegado da Polícia Civil de Alagoas também teriam atrapalhado as investigações e forjado provas durante o inquérito.
Julgamento dos réus entra no segundo dia
O primeiro dia do júri do Caso Kleber Malaquias foi concluído depois de 12 horas, com depoimentos de testemunhas e interrogatório dos denunciados. Já o segundo dia começou com a representação do Ministério Público de Alagoas.
"As únicas provas que levantaram dúvidas foram as plantadas. Espero que os senhores jurados não ignorem o trabalho árduo do Ministério Público, do delegado Lucimério, da Polícia Federal para provar o que de fato ocorreu em relação à esse crime. Hoje precisamos que o primeiro escalão seja derrubado", disse a promotoria durante o julgamento.
Ao todo foram arroladas nove testemunhas, destas, quatro pelo MPAL, entre elas a mãe da vítima e o delegado Lucimério Campos. Este último, à época, era chefe da Polícia Judiciária na cidade e atuou nas investigações, sendo substituído em seguida e afastado do inquérito. Campos foi o primeiro a depor e explicou detalhadamente o início do processo de investigação.
O que disseram os réus
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