Caso Joana Mendes: advogado de réu ameaça bater em promotor durante julgamento

Publicado em 01/04/2024, às 12h39
Julgamento está acontecendo no Fórum Desembargador Jairon Maia, no Barro Duro | Foto: Cortesia / Ascom MPE -

TNH1

O julgamento do assassino confesso Arnóbio Henrique Cavalcante Melo, que matou a professora Joana Mendes com 32 facadas, tem enfrentado tentativas de mudanças de foco e foi palco de ameaça do advogado de defesa voltada ao promotor de justiça do caso, informou o assistente de acusação Roberto Moura, no início da tarde desta segunda-feira, 1º de abril.

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De acordo com o assistente, o curso do julgamento agrada a acusação - que busca a condenação máxima de 30 anos de prisão para o réu Arnóbio Henrique Cavalcante Melo - mas acumula ao longo da manhã "várias tentativas de tumulto ao júri".

"O julgamento está do agrado da acusação, no entanto, estamos sentindo por algumas vezes tentativas de tumultuar o plenário do júri. Nós percebemos com muita preocupação a ameaça feita pelo advogado de defesa ao promotor Vilas Boas. Ao que nos pareceu, o advogado não gostou de algumas palavras ditas pelo promotor e ameaçou, inclusive verbalmente, bater no promotor", falou Moura em entrevista à TV Pajuçara.

A situação foi apaziguada após intervenção e o advogado teria se desculpado. "De imediato, o advogado se acalmou, o colega da banca pediu que ele tivesse mais calma e depois ele se desculpou perante ao promotor", acrescentou Roberto Moura.

Após pedido da defesa, a imprensa foi impedida de entrar  no plenário para fazer imagens, para o assistente de acusação, mais uma tentativa da defesa de desviar o foco "Também percebemos uma tentativa de construir uma nulidade solicitando a retirada da mídia perante ao plenário. A todo momento há tentativas de construir nulidades. A gente vem percebendo com muita preocupação essas tentativas que já procrastinaram muito esse tribunal de júri e que hoje será julgado e sem sombra de dúvida teremos justiça perante o tribunal com a condenação de pena máxima de 30 anos", afirma.

Por fim, o assistente de acusação apela para que não se perca o foco do julgamento: "feminicídio por meio cruel, tentativa de emboscada e traição. "Foquemos no essencial, fazer justiça pela vida de Joana Mendes", complementou.

A morte da advogada

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