Caso Giovanna Tenório: acusado de matar estudante é condenado a 29 anos de prisão

Publicado em 29/09/2017, às 06h20

Redação

O réu Luiz Alberto Bernardino da Silva foi condenado a 29 anos de reclusão pela morte da estudante de Fisioterapia Giovanna Tenório, ocorrida em 2011. Ele terá ainda que pagar indenização no valor de R$ 10 mil aos familiares da vítima. O julgamento, iniciado pela manhã, terminou por volta das 22h desta quinta-feira (28).

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Os jurados acataram a tese da acusação e condenaram o réu por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e furto simples. Luiz Alberto deverá cumprir a pena em regime inicialmente fechado.

 "A conduta do réu se demonstrou altamente reprovável, por ter agido de forma demasiadamente agressiva, haja vista a pluralidade de meios empregados para assegurar a morte da jovem, com golpes de instrumento contundente em diversas regiões do corpo e meio mecânico de asfixia, como se infere do laudo cadavérico", afirmou o juiz John Silas da Silva, que presidiu o julgamento.

Pelo crime de homicídio, o magistrado aplicou a pena de 24 anos e seis meses. Já pela ocultação de cadáver, o réu foi condenado a 2 anos de reclusão. Pelo furto, a 2 dois anos e seis meses, totalizando 29 anos de prisão.

A acusação ficou a cargo do promotor de Justiça Antônio Villas-Boas e do assistente de acusação Welton Roberto. A defesa do réu, por sua vez, foi feita pelos advogados Thiago Mota e Ricardo Moraes.

Interrogatório

 Ao ser interrogado, na tarde desta quinta, Luiz Alberto negou participação no crime. Disse que no dia do assassinato fez a entrega de frutas e foi para casa alimentar seus cachorros. Logo depois seguiu para a casa da mãe dele, no Eustáquio Gomes. Em relação ao celular da vítima, que foi encontrado em sua posse, afirmou ter comprado o aparelho no dia seguinte por R$ 40.

O caso

De acordo com os autos, Giovanna Tenório desapareceu no dia 2 de junho de 2011, por volta das 12h30, nas proximidades da Faculdade de Fisioterapia do Cesmac, no bairro do Farol. O corpo da estudante foi encontrado dias depois, em um canavial na Fazenda Urucum, situada entre os municípios de Rio Largo e Messias.

Ainda segundo o processo, a mandante do crime seria Mirella Granconato Ricciardi, que teria descoberto o envolvimento da estudante com o marido dela, Antônio de Pádua Bandeira, também apontado como autor intelectual.

O júri de Mirella Granconato está marcado para o dia 11 de outubro, às 8h, no Fórum de Maceió. Ela será julgada por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

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