Caso Franciellen: advogado diz que Vanessa Ingrid cometeu apenas lesão corporal

Publicado em 23/05/2018, às 09h58

Redação

A estratégia do advogado de defesa de Vanessa Ingrid, acusada de assassinar a jovem Franciellen Araújo, em 2013, Leonardo Ribeiro, é sustentar a tese de que a ré não participou ativamente do crime.

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Em conversa com a reportagem do TNH1, na manhã desta quarta-feira (23), durante o júri popular, no Fórum do Barro Duro, Ribeiro explicou que vai tentar convencer o corpo de jurados de que a jovem não cometeu o crime de homicídio qualificado.

“A Vanessa só participou das agressões, não do homicídio. Com isso, seria apenas lesão corporal”, defende.

Ainda segundo Leonardo Ribeiro, as únicas provas contra Vanessa Ingrid seriam as testemunhas que também estão sendo julgadas pelo crime.

“Eles falam que ela teria mandado matar a Franciellen, mas não existe nos autos processuais - em nenhum momento – algo que comprove de fato que a Vanessa tenha encomendado ou participado do homicídio qualificado”, alega.

O crime

Vanessa Ingrid da Luz Souza, Thiago Handerson Oliveira Santos, Saulo José Pacheco de Araújo e Victor Uchôa Cavalcanti, são acusados de torturar e queimar viva a jovem Franciellen Araújo Rocha, em 14 fevereiro de 2013. Nayara da Silva é ré também por ter participado da tortura.

Segundo a denúncia do Ministério Público, Vanessa teria ordenado que uma amiga atraísse a vítima para um apartamento em Cruz das Almas, onde a ré dava uma festa. Franciellen confirmou sua ida com duas amigas e, na chegada, Thiago recepcionou a vítima com um murro no rosto, que caiu no chão e foi arrastada até o quarto onde se iniciou o espancamento por mais de duas horas, com murros, chutes, pancadas na cabeça, corte do cabelo com faca de mesa, queimaduras no rosto com pontas de cigarros, sobrancelhas raspadas e sufocamento com toalha molhada.

Os acusados saíram no carro de Saulo, pararam para comprar gasolina, seguindo em direção ao conjunto José Tenório. Os réus teriam entrado em uma estrada de barro deserta e lá forçaram Franciellen a descer do veículo, conduzindo-a por vários metros onde a sentaram no chão, momento em que Thiago e Victor a imobilizaram com fitas adesivas, nos braços e nas pernas. Em seguida, Vanessa Ingrid teria reiniciado as torturas, até a vítima desmaiar. Neste momento, Franciellen teve o seu corpo embebido em gasolina pelos acusados, e Vanessa Ingrid teria ateado fogo.

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