Caso Eric Ferraz: policial acusado de matar modelo vai a júri popular nesta quinta (13)

Publicado em 13/07/2023, às 09h50
Eric Ferraz foi morto em 1º de janeiro de 2012 | Arquivo Pessoal -

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O policial civil Jaysley Leite de Oliveira, acusado de participar da morte do modelo Eric Ferraz em uma festa de Réveillon, no ano de 2012, em Viçosa, vai ser julgado nesta quinta-feira, 13, no Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, no bairro de Barro Duro, em Maceió. O irmão dele, Judarley Leite Oliveira, já foi condenado, em julgamento no ano de 2016, a 32 anos e oito meses de prisão.

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O crime contra Eric Ferraz, assassinado com três tiros nas costas, de acordo com o Instituto de Criminalística, ocorreu durante uma celebração pela virada do ano de 2011 para 2012, e segundo a denúncia oferecida pelo Ministério Público de Alagoas (MP/AL), à época, o modelo foi baleado depois de se desentender com os irmãos Judarley e Jaysley. Durante a confusão, uma mulher também chegou a ser atingida, mas sobreviveu ao ferimento.

Familiares de Eric Ferraz vão ao Fórum do Barro Duro acompanhar o julgamento (Crédito: Divulgação/MPAL)

O júri popular teve início nesta manhã e está sendo conduzido pelo juiz Geraldo Amorim, da 9ª Vara Criminal. A família do modelo compareceu no Fórum do Barro Duro para acompanhar o julgamento. A ex-namorada de Eric Ferraz foi a primeira pessoa a depor.

O caso

O modelo Erick Alexandre dos Santos foi assassinado na madrugada de 01 de janeiro de 2012, quando estava comemorando as festividades do Réveillon, em Viçosa. O crime aconteceu por volta de 3h da madrugada, na Avenida Firmino Maia, região central do município. O motivo do crime teria sido uma discussão entre a vítima e os irmãos Jaysley e Judarley Oliveira, acusados do delito.

O julgamento de Judarley deveria ter acontecido em 5 de abril deste ano, em Viçosa, mas uma liminar concedida por João Luiz Lessa suspendeu o júri. “Verifico a existência de indícios mínimos de que o réu, de fato, pode exercer influência sobre o corpo de jurados”, afirmou o desembargador, na ocasião.

O Ministério Público ajuizou ação penal contra Jaysley e Jurdarley e os acusou de homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e por meio que impossibilitou a defesa da vítima. Os irmãos também respondem por tentativa de homicídio contra Érica Ferreira da Silva, então namorada do modelo.

Condenação de Judarley

32 anos e 8 meses. Essa foi a sentença de condenação contra Judarley Leite de Oliveira, acusado de, ao lado do irmão, matar o modelo Eric Ferraz, numa festa de réveillon em 2012, no município de Viçosa, interior de Alagoas. Os jurados acataram a tese apresentada pelo Ministério Público e consideram o réu culpado pelo crime de homicídio duplamente qualificado. Ele também foi condenado por tentativa de homicídio em relação a vítima Érica Ferreira da Silva, que foi atingida por um disparo por estar próximo ao local do episódio.

No Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, em Maceió, foi a atuação do promotor de Justiça Antônio Vilas Boas que convenceu os jurados a condenarem Judarley Leite de Oliveira. O réu e o seu irmão, Jaysley Leite de Oliveira, assassinaram o modelo Eric Ferraz depois de terem provocado uma briga com a vítima.

Durante mais de 10 horas de júri, o promotor de Justiça Antônio Vilas Boas e o advogado Raimundo Palmeira, que atuou como assistente de acusação, conseguiram convencer o Conselho de Sentença de não havia cabimento para a tese apresentada pelos advogados do réu, que foi a de legítima defesa.

O julgamento foi conduzido pelo magistrado John Silas da Silva, titular da 8ª Vara Criminal da Capital. Após aplicar a pena, o magistrado determinou ainda que o réu pagasse uma indenização civil, por danos morais, de R$ 20 mil à família de Eric Ferraz, e de R$ 10 mil à vítima sobrevivente.

Adiamento de julgamento de Jaysley

No ano de 2018, o Ministério Público alegou que o julgamento de Jaysley Leite de Oliveira não poderia acontecer na cidade de Viçosa devido a forte influência do policial naquele município e ao seu histórico de violência, o que poderia causar temor aos jurados. Por isso, houve o pedido de transferência do júri.

Na época, a defesa de Jaysley manifestou "total irresignação com o pedido formulado pela acusação na tentativa suspender o julgamento".

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