Caso Amanda: assassino afirmou que sufocou motorista de app por oito minutos, diz polícia

Publicado em 17/08/2022, às 07h33
Reprodução -

TNH1

A Polícia Civil de Alagoas confirmou que Jackson Vital dos Santos, preso pela morte da motorista de transporte por aplicativo Amanda Pereira, 27, confessou que praticou o estrangulamento por cerca de oito minutos dentro do carro da vítima, no banco de trás do Voyage prata. 

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O delegado-geral da Polícia Civil, Gustavo Xavier, disse que a declaração é contraditória, visto que o tempo é considerado longo para uma pessoa ficar desacordada depois de estar sendo esganada. "Ele ficou segurando ela por oito minutos. Questionamos o motivo de tanto tempo, e ele disse de forma contraditória, que por um longo período ela ficou a chutar, só que nós sabemos que em pouco tempo, a pessoa estrangulada, perde a consciência e desfalece", disse.

Jackson Vital também informou em depoimento que o comparsa usou um simulacro de pistola para anunciar o assalto e deu detalhes do ataque contra Amanda. "O indivíduo preso ficou no banco da frente e o casal no banco de trás. Ao chegar em Marechal Deodoro, eles pediram para que ela parasse o veículo, e nesse momento, o homem que estava atrás dela puxou uma arma de fogo, que segundo o suspeito preso, era um simulacro de pistola, e houve o anúncio do assalto", iniciou o delegado Igor Diego, titular da delegacia de Rio Largo, que participou da detenção do suspeito.

"Ela foi colocada no banco de trás e o indivíduo conhecido como Yuri assumiu a direção do carro. Jackson ficou atrás e com a responsabilidade de enforcar a vítima. Ela tentou por todo modo se soltar da situação, desferiu diversos chutes no vidro do veículo para fugir, chegou a morder a bochecha da mulher que participava do crime, e também arranhou os braços de Jackson", continuou.

Nesse momento, Yuri teria ficado desesperado e dado lugar a Jackson na condução do carro Voyage. "O indivíduo que estava dirigindo o carro ficou bastante nervoso e começou a estancar o carro. Foi aí que Jackson assumiu o banco da frente e conduziu o carro até Maceió. Eles buscaram a todo momento um lugar ermo para deixar o corpo da jovem. Eles desovaram na região da Cachoeira do Meirim, e depois deixaram o carro no Village Campestre, onde o casal reside com o pai de Igor", destacou Igor Diego.

"O crime está completamente esclarecido, depois de trabalho ininterrupto no dia de hoje. Foi um crime bárbaro, por objetivo banal, que foi subtrair R$ 180, um pneu de estepe, o celular da vítima e o som do veículo", completou.

População pode denunciar - O delegado Gustavo Xavier pediu para a população auxiliar nas buscas pelos foragidos, destacando que é importante a participação de denunciantes para a indicação do possível endereço onde o casal está escondido.

"É um crime elucidado, com participação de três pessoas, duas delas encontram-se foragidas até o momento. Por isso, nós clamamos à população que traga qualquer tipo de informação que possa levar aos dois autores, o casal que está foragido após o cometimento do crime".

"A gente sugere que eles se apresentem, é até mais seguro, devido à toda manifestação que houve na capital Maceió. É interessante que os autores se apresentem numa delegacia, numa unidade policial, onde sejam ouvidos e responsabilizados pelo crime", continuou.

A população pode denunciar o paradeiro dos criminosos por meio do Disque Denúncia 181, da Polícia Civil alagoana. O anonimato é garantido ao denunciante e a ligação é gratuita.

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