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Policiais do 4º Batalhão da Polícia Militar de Alagoas tiveram atuação de emergência médica e auxiliaram no trabalho de parto de uma mulher, na noite dessa segunda-feira, 20. A situação foi registrada em um posto de combustíveis no bairro do Farol, na parte alta de Maceió.
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A equipe do sargento Ubirajara, do cabo Antônio Filho e da soldado Eliza estava em patrulhamento, quando foi abordada pelo casal. O casal estava em pânico, já que a esposa se encontrava em trabalho de parto e precisava de ajuda. Os militares iniciaram o trajeto para acompanhar o carro deles até o hospital, mas os pais pararam o veículo próximo ao posto.
Ao verificar que a mãe já estava em processo de expulsão do bebê, os policiais perceberam que o neném não esboçava choro e não respirava. "O cordão umbilical estava preso ao pescoço do recém-nascido. A guarnição prontamente retirou o cordão com cuidado, permitindo que a criança começasse a respirar e chorasse", diz a publicação do 4ºBPM.
Após o procedimento, foi feito contato com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas devido à urgência, os policiais seguiram para o Hospital da Mulher, onde mãe e filho receberam os devidos cuidados médicos. Ambos foram assistidos e encontram-se bem.
O Fique Alerta entrevistou, nesta terça-feira, 21, os três servidores públicos sobre a ação heróica que ajudou no nascimento do menino Darlan, como foi chamado o neném pelos pais. Chefe da guarnição, o sargento Ubirajara afirmou que foi a primeira vez que trabalhou diretamente com uma situação de parto.
"A gente nunca espera que vá acontecer um parto, geralmente acontece um apoio, sempre dá tempo de chegar ao hospital ou o Samu chegar. Ainda bem que deu tudo certo na condução e no trabalho de parto. Pouco tempo que tivemos para pensar, a melhor solução foi realizar o parto ali mesmo".
"Quando tiramos o bebê, vimos que ele não estava chorando. Demos alguns tapinhas para estimular a criança a chorar, mas não conseguimos e ele estava começando a ficar com o rosto um pouco roxo. Quando olhamos a parte do pescoço, vimos que o cordão umbilical estava prendendo o pescoço. Levemente conseguimos tirar o cordão umbilical, segurando para não romper, devido ao local, como foi dentro do carro, poderia ter alguma infecção ou agravar. Mas conseguimos tirar (do pescoço) sem romper o cordão umbilical. Devido à localidade, não tivemos tempo de esperar o Samu e adiantamos para o hospital", completou.
A soldado Eliza, que é novata na corporação, contou que não vai esquecer a noite do dia 20 de janeiro de 2025.
"Foi extremamente gratificante. Quando ela conseguiu dar à luz, percebemos que ele não estava chorando, não estava reagindo, a gente se preocupou bastante. A partir do momento que vimos o que estava causando e conseguimos resolver, a gente viu ele chorar. Foi extremamente gratificante saber que uma vida inocente estava bem, em segurança e nos braços da mãe. Foi lindo. Marcou minha vida para sempre, disso eu tenho certeza".
O cabo Antônio explicou que o trânsito na região do Farol também foi algo que a equipe precisou contornar para acelerar no socorro.
"Sensação indescritível. Apesar do trânsito intenso que estava, conseguimos conduzir abrindo o trânsito até não dar mais para esperar a criança vir ao mundo. Não tenho muitas palavras para expressar o quão gratificante que é. Temos que manter a calma, pensar em acalmar a mãe em todos os momentos. Como o nosso comandante comentou, a criança nasceu com o cordão umbilical em volta ao pescoço, não pode assustar a mãe, não pode ser brusco, tem que ter muita delicadeza para removê-lo. Graças a Deus foi tudo bem".
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