Casal de brasileiros é julgado culpado nos EUA por sequestro de neto

Publicado em 25/05/2018, às 19h15

Redação


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A Justiça de Houston, nos Estados Unidos, considerou os brasileiros Carlos e Jemima Guimarães culpados do sequestro de seu neto, trazido ao Brasil pela mãe. O veredito conclui a longa batalha judicial do pai do menino, Christopher Brann, pela guarda de Nico, de 8 anos.

Carlos e Jemima foram absolvidos de outras acusações pelo tribunal. Embora considerados culpados, o veredito caiu em terreno incerto quando o juiz disse que considerará uma petição da defesa em favor da absolvição do casal de todas as acusações, segundo o jornal Houston Chronicle.

Este tipo de anulação raramente é concedido. A previsão é de que o casal sexagenário seja condenado dentro de dois ou três meses, se o veredito for mantido. Eles receberão pena máxima de três anos de prisão. Marcelle Guimarães e seu filho Nico estão no Brasil.

Os Guimarães foram presos em fevereiro, quando chegaram a Miami para férias. Eles foram acusados de colaborar com o sequestro de seu neto há cinco anos. Depois de separar-se de seu marido, Marcelle viajou ao Brasil 2013, com a promessa de retornar aos Estados Unidos.

Marcelle, no entanto, pediu e conseguiu a custódia total do menino na Justiça brasileira. Desde então, o médico americano Christopher Brann tenta recuperar a guarda de Nico.

Brann chegou a levar o caso ao Congresso americano, onde pediu a imposição de sanções ao Brasil por descumprir a convenção de Haia sobre o sequestro internacional de menores.

Durante o julgamento, o casal Guimarães apresentou provas de que a mãe do menino fugira de violência doméstica.  “Estamos abatidos”, disse o advogado de defesa, Rusty Hardy, à emissora KHOU-TV.

Um caso similar resultou na aprovação nos Estados Unidos, em 2014, da Lei Sean Goldman, que autoriza o governo americano a tomar medidas quando outro país se negar a devolver crianças americanas sequestradas.

O menino Sean foi trazido ao Brasil pela mãe que, anos depois, novamente casou-se e faleceu. A guarda do menino passou aos avós maternos, mas foi questionada pelo pai de Sean. A Justiça brasileira acabou concordando com a devolução da criança ao pai, em 2009, que o levou aos Estados Unidos.


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