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O Dieese, Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, divulgou nesta quarta-feira, 06, que o custo médio da cesta básica de alimentos aumentou em 11 cidades e diminuiu em seis, de acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente em 17 capitais.
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A capital alagoana não entra na pesquisa do Dieese, mas o alagoano tem sentido no bolso o peso do aumento no custo de vida. Na pesquisa referente a setembro, é possível identificar, nos dados das demais capitais, a oscilação dos preços, sobretudo em produtos como carne de boi, por exemplo, que tem sumido do carrinho de compras da população.
Pelo levantamento do Dieese, os itens que mais tiveram queda nos preços apenas o arroz e o feijão. A carne bovina de primeira continua em alta em 11 capitais, chegando ter redução nas capitais do Sul. Confira:
►SUBIU DE PREÇO
⇒ AÇÚCAR - teve aumento de preço em todas as capitais. Os maiores aumentos ocorreram em Belo Horizonte (11,96%), Vitória (11,00%), Brasília (9,58%), Goiânia (9,15%) e Campo Grande (7,94%). O principal motivo do aumento do custo no varejo foi a oferta restrita de cana-de-açúcar, por causa do clima seco e da falta de chuvas. O preço do quilo do café em pó subiu em 16 capitais, com destaque para as variações de Goiânia (15,69%), Campo Grande (14,79%), Brasília (10,03%) e Natal (9,00%).
⇒ CARNE DE BOI DE PRIMEIRA - O quilo aumentou em 11 capitais. As maiores altas ocorreram em Vitória (4,64%), Campo Grande (3,19%), Brasília (2,25%) e Natal (2,17%). As maiores reduções foram verificadas nas capitais do Sul: Florianópolis (-2,28%), Curitiba (-0,95%) e Porto Alegre (-0,79%). Apesar da suspensão da exportação da carne para a China e da menor demanda interna, consequência dos altos preços no varejo, as cotações seguiram elevadas na maior parte das cidades, devido às condições ruins das pastagens, ao clima seco e aos altos custos de produção.
⇒ CAFÉ - O preço do quilo do café em pó subiu em 16 capitais, com destaque para as variações de Goiânia (15,69%), Campo Grande (14,79%), Brasília (10,03%) e Natal (9,00%). A valorização do dólar em relação ao real, os problemas causados pelo clima - geada no final de julho e tempo seco - e maior demanda interna e externa pelo grão são as causas do aumento do custo do grão também no varejo. A valorização do dólar em relação ao real, os problemas causados pelo clima - geada no final de julho e tempo seco - e maior demanda interna e externa pelo grão são as causas do aumento do custo do grão também no varejo.
⇒ ÓLEO DE SOJA - O óleo de soja registrou alta em 15 das 17 capitais, entre agosto e setembro. Os aumentos oscilaram de 0,37%, em Salvador, a 3,40%, em Campo Grande. Em São Paulo, o preço médio não variou e, em Aracaju, houve redução de -0,12%. O volume de exportação cresceu, em especial para a China, e, com o problema de escoamento de grãos nos Estados Unidos, a demanda internacional esteve voltada para a soja brasileira. Também houve maior procura do óleo para a produção de biodiesel.
⇒ PÃO FRANCÊS - O preço do quilo do pão francês subiu em 14 capitais, com variações entre 0,14%, no Rio de Janeiro, e 2,53%, em Brasília. Além do aumento de custos, como o da energia elétrica, o trigo importado ficou mais caro com a valorização do dólar em relação ao real.
⇒ LEITE INTEGRAL - Entre agosto e setembro, o litro do leite integral teve acréscimo em 11 capitais e o quilo da manteiga, em 12. As maiores altas foram observadas em João Pessoa (2,55%), Fortaleza (2,45%) e Belém (2,19%). Já a manteiga teve os principais aumentos em São Paulo (5,45%), Belo Horizonte (5,24%) e Fortaleza (3,28%). A menor qualidade das pastagens, as expressivas altas nos custos de produção e a forte competição das indústrias por matéria-prima explicam a baixa oferta de leite no campo e a alta dos derivados no varejo.
► CAIU DE PREÇO
⇒ FEIJÃO - O preço do feijão recuou em 13 capitais. O tipo carioquinha, pesquisado no Norte, Nordeste, Centro-Oeste, em Belo Horizonte e São Paulo, registrou queda em nove capitais, oscilando entre -1,88, em Belém, e -0,24%, em Recife. As altas ocorreram em João Pessoa (0,87%), Natal (0,39%) e Salvador (0,12%). Já o custo do feijão preto, pesquisado nas capitais do Sul, em Vitória e no Rio de Janeiro, não variou em Florianópolis e diminuiu em Curitiba (-1,93%), Vitória (-1,22%), Porto Alegre (-1,05%) e Rio de Janeiro (-0,59%). Apesar da baixa oferta dos dois tipos de feijão, os altos patamares de preço reduziram a demanda, devido ao empobrecimento das famílias.
⇒ ARROZ - O preço do quilo do arroz recuou em 10 capitais e as quedas variaram entre -5,79%, em Porto Alegre, e -0,44%, em Curitiba. As maiores taxas foram registradas em Aracaju (3,82%) e Vitória (3,04%). A demanda interna, tanto do setor atacadista como do varejista, está fraca, consequência dos altos patamares de preço e da queda no poder de compra da população.
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