Cantora arapiraquense lança novo single “Lama” unindo rap, Nordeste e África

Publicado em 30/07/2021, às 10h39
Assessoria -

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Trazer a África como berço da Humanidade, trazer a África para o berço de si e renascer a partir das águas escuras da placenta ancestral.

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É com esse sopro genuíno de vida para, em meio à lama, darmos o passo mais importante: o da autodescoberta. Só assim pode-se florescer — até mesmo em meio ao caos.

E foi esse o processo em que a artista arapiraquense Naty Barros se viu inserida nestes últimos anos. Ela virou em definitivo sua bússola interior para a África.

O resultado dessa equação é seu novo single “Lama”, que estará sendo lançado em todas as plataformas de streaming a partir deste sábado (31).

Contando com a participação construtiva da rapper maceioense Mary Alves, essa música integra seu primeiro álbum “Bata Cabeça”, que sairá no próximo dia 13 de agosto.

Por si só, “Lama” já denota o espírito do que o público pode esperar do CD estreia de Naty que, por tanto andar pelas margens, amplia suas águas e sua fluidez ao longo do caminho — ofertando espaço e acolhimento para mais gente chegar junto.

No refrão da canção, de forma envolvente e lírica, ela poetiza: “Renasci tantas vezes nos últimos meses/ Que sei o que me mata/ Toco o meu passado/ E é lama/ Mundo em guerra/ Eu em guerra/ Escutei a canção cantada/ Amor preto cura/ Fala e afeto sara”.

Essa música, também, traz uma referência africana à palavra “lama”, tendo em vista que Nanã é o orixá das águas escuras, senhora dos mangues e da lama de onde brotou o corpo negro original — o corpo africano —, este por sua vez feito por Oxalá partindo da matéria-prima cedida por Nanã.

EVOLUÇÃO POR DENTRO

Em constante involução, a jovem de 24 anos se viu dona de uma voz plural, não só dela. Um voz que amplifica panfletos e urgências do momento presente.

Mais jovem ainda, em 2011, começou carreira na banda de forró Dona Moça, apresentando-se no São João de Arapiraca, promovendo o resgate das nossas tradições juninas nos palhoções ao ar livre da cidade.

Ao ingressar no curso de Psicologia, na Universidade Federal de Alagoas (Ufal) em Palmeira dos Índios, Naty passou por várias transformações internas, achando seu lugar no mundo — onde, fisicamente (nos dois sentidos), ninguém pode ocupá-lo senão ela mesma.

Seu novo trabalho de estúdio “Bata Cabeça” vem logo após o EP “Subversão”, lançado em 2018 de forma independente, que contava com traços de MPB, reggae e já a cadência do rap. Em 2020, entregou ao mundo o single “Sertão Véio Mágico”.

Agora, no “Bata”, ela segue progredindo seu intento de compositora misturando diversas influências suas, como forró (xote e baião), embolada, hip hop, dub e rap. Nesse debut, Naty tem como assunto maior a África Mãe e toda a sua ancestralidade.

O projeto musical foi gravado por Sandro “Siri” Cardoso, em Arapiraca, e mixado e masterizado no QG dos Manos, na capital alagoana, tendo produção executiva de Larissa Lima e Lella Sobreira.

Cada faixa do CD tem assinatura visual da ilustradora Keyla Gondim, diretamente de Salvador, idealizadora do Colagens Pretas (@colagenspretas). Já as fotos de divulgação são assinadas por Mylena Duarte, fotógrafa também de Arapiraca.

Esse álbum inteiro foi, inclusive, fruto do Edital Prêmio Zailton Sarmento, do Estado de Alagoas, amparado pela Lei Aldir Blanc.

O florescimento desse trabalho e de outros podem ser conferidos nas redes sociais da artista pelo Instagram (@natybarrosn), Youtube (youtube.com/natybarros) e Spotify (https://tinyurl.com/spotifynatyb).

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