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Cai o número de pessoas sem instrução ou fundamental completo, em Alagoas

Publicado em 26/02/2025, às 13h50
Wilson Dias/Agência Brasil
- Wilson Dias/Agência Brasil

Assessoria

Cerca de 48,4% dos alagoanos de 25 anos ou mais não têm instrução ou não concluíram o ensino fundamental, de acordo com dados preliminares divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quarta-feira (26). Em relação à baixa escolaridade, Alagoas ocupa a segunda posição no país, atrás apenas do Piauí, onde 49% da população acima de 25 anos não tem ou não concluiu os primeiros anos do ensino básico.

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Apesar dos desafios, o comparativo com os outros recenseamentos demonstra que os indicadores têm melhorado substancialmente ao longo do tempo. No Censo Demográfico 2000, a proporção de população sem instrução ou fundamental completo alcançava 74,7% das pessoas com 25 anos ou mais. Em 2010, o percentual reduziu para 64% e, em 2022, alcançou 49%.

No Brasil, o percentual de pessoas sem instrução ou com fundamental incompleto é de 35,2%. Em 2000, a média brasileira de pessoas com baixa ou nenhuma escolaridade era de 63,2%.

Grau de instrução nos municípios alagoanos

De acordo com o Censo 2022, Maceió é o município alagoano com maior índice de escolaridade. Na capital, cerca de 20,32% das pessoas com 18 anos ou mais têm o ensino superior completo. Arapiraca (13,37%), Marechal Deodoro (13,14%), Palmeira dos índios (11,37%) e Barra de São Miguel (10,86%) têm os melhores desempenhos no estado.

Na outra ponta, Mata Grande (66,24%) se destaca como município com maior proporção de pessoas com 18 anos ou mais que não têm instrução ou não concluíram o ensino fundamental. Estrela de Alagoas (65,67%), Inhapi (64,72%), Olho d’Água Grande (64,58%) e Campo Grande (64,40%) também figuram como as cidades com menor grau de instrução na população a partir dos 18 anos.

Expansão do nível superior e cursos de graduação mais populares

A proporção de alagoanos de 25 anos ou mais com nível superior completo saltou de 3,9% em 2000 para 13,4% em 2022. AL se posiciona à frente do MA (11%), BA (12%), PA (12%) e CE (12,7%). A média nacional de superior completo é de 18,4% da população.

Em 2022, quase 268 mil pessoas (267.996) haviam concluído ao menos um curso superior de graduação no estado. A maioria optou por cursos na área de “Negócios, Administração e Direito”, que juntos somavam 75.426 graduados. Destes, cerca de 37,4% optaram pela graduação em Direito, com 28.240 de alagoanos formados.
Os cursos ligados à “Saúde e bem-estar” (53.010 graduados) e Educação (50.982) completam o pódio das graduações mais escolhidas no Estado.

Taxa bruta de frequência escolar

A frequência escolar também apresentou aumento nos últimos anos. Entre os Censos 2000 e 2022, houve expansão na proporção de pessoas de 0 a 24 anos inserida dentro do sistema educacional, que contempla o acesso às creches, escolas, ou faculdades.

A taxa bruta de frequência escolar mede a proporção de estudantes de determinada faixa etária que frequentam estabelecimentos educacionais em relação à população total do mesmo intervalo de idade.

Em 2022, quase 98% das crianças de 6 a 14 anos frequentavam a escola. A faixa etária é a que contêm a maior proporção de estudantes. O número representa um aumento de mais de 10 pontos percentuais em relação ao Censo 2000, onde aproximadamente 87% dessa população estudava regularmente.

Dos 15 aos 17 anos há redução da taxa de frequência escolar, que passa para uma proporção de 85% dessa população na escola, segundo o Censo 2022. A frequência escolar das crianças de 0 a 3 anos cresceu de 7,7% para 27,8% entre os anos 2000 a 2022.

Educação indígena

No comparativo com a população total, a população indígena enfrenta piores índices de escolaridade.

Em Alagoas, a proporção de pessoas com 18 anos ou mais sem instrução ou com fundamental incompleto é de 50% para os indígenas contra 43,61% para a população geral da mesma faixa etária.

Na outra ponta, cerca de 7,7% dos indígenas alagoanos com 18 anos ou mais concluíram o ensino superior. Considerando a população geral, a proporção de graduados sobe para 11,85%.

Sobre a pesquisa

Os resultados preliminares da amostra sobre Educação trazem diversos indicadores relacionados à frequência escolar, grau de instrução, média de anos de estudo, área estudada no nível superior, dentre outras informações.

Há dados para nível Brasil, Grandes Regiões, Unidades da Federação (UF) e Municípios, com detalhamento por sexo, grupos de cor ou raça, e idades. As informações são públicas e podem ser acessadas no SIDRA – Sistema IBGE de Recuperação Automática (http://sidra.ibge.gov.br).

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