Redação
O técnico Marcelo Cabo concedeu entrevista coletiva nesta quinta-feira (26), no CT do Mutange, em Maceió, e confirmou uma mudança no CSA para o jogo com o Oeste. Ferrugem entra na vaga de Yuri no meio-campo. O treinador também falou sobre a estreia do atacante Walter, que está relacionado para o confronto desta sexta.
"A troca do Ferrugem pelo Yuri, a gente entende que vai nos dar mais qualidade na saída da bola. Entendemos que o Daniel terá um suporte melhor no meio-campo, já que o Ferrugem tem essa característica de segundo, terceiro homem de meio-campo. O Yuri já tem mais característica de marcação, bem similar ao Edinho. Como estávamos em início de competição, vínhamos em pegada de final, entendi que nesse início de campeonato a gente precisava ser um pouco mais conservador, até porque entrariam outros jogadores na equipe e a gente não podia mexer muito".
LEIA TAMBÉM
"Precisávamos ter uma consistência boa no início, logo na estreia com o Goiás, que vinha num volume muito bom. A gente ainda precisava ver o Ferrugem entrando durante o jogo para entender como ele estava em ritmo de jogo. Mas na minha cabeça, eu já pretendia jogar com primeiro e segundo volante para que a gente pudesse ter um jogador que desse uma consistência maior para o Daniel no meio-campo e ajudasse ele na armação da equipe. Essa é a ideia da entrada do Ferrugem", explicou.
Cabo relacionou 22 jogadores para a terceira rodada da Série B. O provável CSA tem Cajuru; Celsinho, Leandro Souza, Xandão e Rafinha; Edinho, Ferrugem, Didira, Daniel Costa e Niltinho; Michel. O Azulão encara o Oeste nesta sexta-feira (27), às 20h30, no Estádio Rei Pelé, em Maceió. O Portal TNH1, a TV Pajuçara e a Rádio Pajuçara FM Maceió - 103,7 acompanham a partida.
Veja os relacionados
Goleiros: Cajuru e Lucas Frigeri;
Zagueiros: Elivelton, Xandão, Leandro Souza e Roger;
Laterais: Muriel, Celsinho, Rafinha e Velicka;
Volantes: Edinho, Yuri, Dahwan, Ferrugem e Boquita;
Meias: Daniel Costa e Didira;
Atacantes: Taiberson, Hugo Cabral, Niltinho, Michel Douglas e Walter.
Confira outros trechos da entrevista com Marcelo Cabo.
Walter
"O Walter está relacionado. Não inicia o jogo. Ele teve um hiato entre a final do Campeonato Paraense e a transferência dele, que ele ficou quase 10 dias fazendo só uma manutenção e tratando de transferência e mudança. A cabeça do cara muda o foco completamente".
(Foto: Pei Fon / Portal TNH1)
"Temos uma programação a cumprir com o Walter, como todas aquelas que cumprimos aqui quando o jogador chega. Tem toda uma avaliação médica, física, fisiológica e técnica para que a gente possa procurar lançar o jogador no momento certo. O momento do Michel me dá muita tranquilidade para que eu possa preparar a estreia do Walter com tranquilidade na sua titularidade".
"Costumo dizer que trabalho com a meritocracia. O Michel tem dois jogos e dois gols. Hoje o titular é o Michel. Posso responder por esse jogo do Oeste. Vamos analisando performance jogo a jogo. Vamos trabalhar sempre através da meritocracia e da continuidade de uma boa performance".
"O Walter teve uma semana excelente de treinamento. Inclusive treinou integral na segunda-feira. Treinou muito forte enquanto viajamos para Sorocaba. Tivemos uma programação especial de treinamento para ele".
"Conversei bastante com ele anteontem. Ele está muito feliz, está muito motivado e com uma expectativa muito grande por essa estreia. O encontro dele com a torcida. Ele já disse que está apaixonado pela torcida do Azulão. Ele esteve no jogo com o Goiás e se sentiu contagiado. Ele até falou uma frase legal para mim. "Aqui dá gosto de jogar, aqui tem cobrança da torcida. Gosto é disso". É um jogador que está completamente inserido. Ele e a esposa na cidade. Está apaixonado por Maceió. Está gostando muito do que encontrou aqui, foi muito bem recebido. Tenho certeza que vai dar muitas alegrias para a torcida do Azulão".
Daniel Costa poupado do treino
"Quanto ao Daniel, só houve um cansaço muscular ontem nele e a gente preferiu preservá-lo hoje do treinamento. A princípio está confirmado para o jogo, não é problema grave nenhum. Só um pouco de cansaço no final do treino. Nos reunimos com o departamento médico com o Dr. Fábio (Lima) da fisiologia e a preparação física. Entendemos que era bom ele fazer uma manutenção na fisioterapia hoje para estar 100% amanhã".
Ferrugem
"O Ferrugem foi meu jogador na Ponte Preta e no Figueirense. Ele tem uma marcação muito boa. Jogador longilíneo. Jogador que tem passada larga, simplesmente é um pouco mais clássico que o Yuri para marcar".
Yuri
"O Yuri tem uma intensidade muito grande. É um jogador muito importante dentro do nosso contexto. Talvez seja o jogador que tem maior intensidade de marcação no nosso meio-campo. O Yuri também está com dois cartões amarelos. E a gente vai sair com o Criciúma. É um jogador importante, principalmente fora de casa com o poder de marcação. A gente vir necessitar dele fora de casa".
Elenco
"É bom ter um elenco homogêneo e qualificado, que me dá essa segurança de escolher o momento certo para colocar e preservar o jogador. Costumo dizer que temos uma equipe base e a ideia é ir trocando aos poucos naquilo que eu acho que é a equipe ideal. Não posso chegar e trocar cinco ou seis jogadores de uma vez. Precisamos inserir aos poucos para que o time pegue um conjunto, ritmo de jogo e assim vamos achar a formação ideal".
"Como falei, lá para a quinta, sexta rodada, talvez a gente já tenha a equipe ideal, aquilo que penso na minha cabeça ser a equipe ideal para o CSA".
Mudança tática
"A gente tinha uma forma diferente de jogar. Como não tínhamos aquele jogador de intensidade, de lado de campo, de característica de drible, intensidade e linha de fundo, criei um mecanismo para que pudéssemos jogar com cinco jogadores por dentro do meio-campo e deixar as laterais liberadas para os nossos laterais virarem alas".
"Se você olhar os dois jogos da final, jogamos dessa maneira, com cinco no meio-campo e liberando a beirada do campo para os nossos laterais, porque não tínhamos um jogador em bom momento com essa característica. Hoje temos o Niltinho, o Hugo Cabral, o Taiberson numa melhor condição, são verdadeiros extremos".
"O Didira já é um quarto homem de meio-campo. Com a entrada do Niltinho, optei em ter o jogador de profundidade, um jogador que compõe o quarto homem de meio-campo e a gente mudou um pouquinho a característica do time. Voltamos a jogar no 4-2-3-1, nas finais joguei no 4-5-1".
Medo de perder?
"Não concordo com medo de perder. Você [jornalista] dizer que minha equipe tem medo de perder, pô... (risos). A gente sai daqui, vai jogar em Sorocaba, pega os caras na marcação pressão, joga no campo dos caras todo o primeiro tempo. Com certeza não peço para o meu time recuar. Estamos implementando um novo trabalho. Não é com facilidade que você consegue fazer uma equipe jogar 90 minutos no mesmo padrão".
"Nosso time é muito intenso no jogo. Dificilmente você consegue jogar 90 minutos com a mesma intensidade. Só peço que não apregoem o nome medo. Isso é uma coisa que não passa por mim nunca. Não joguei com medo a final do campeonato, não joguei com medo a semifinal com o ASA, não joguei com medo no jogo contra o Goiás. Pelo contrário. Uma equipe que começa jogando como a minha, propondo o jogo, marcando pressão, jogando no campo do adversário, é uma equipe que não tem medo com certeza".
"Pelo modo de jogar, nossa equipe consegue o placar. É normal. Quando eu sair atrás, eu vou pressionar o meu adversário no campo dele. É natural. A gente está na frente, o outro time se atira. Mas a gente tem trabalhado bastante para ter uma equipe homogênea, linear nos dois tempos de jogo, tanto no primeiro quanto no segundo".
"O que o treinador idealiza é que o time jogue os 90 minutos da mesma maneira. Mas estamos buscando esse ideal. Estamos reformulando a equipe e o elenco. Tivemos muita dificuldade no estadual, na questão do time ideal. Mas vamos chegar nesse patamar que você tanto almeja, que é jogar os dois tempos da mesma maneira".
Erros individuais
"Esse foi um tema que abordamos entre nós durante a transição do Estadual e depois do jogo com o São Bento. Conversei com eles, passei o vídeo.Se você olhar os gols que tomamos desde a semifinal do Estadual até o jogo com o São Bento, só tive uma falha coletiva, que foi o primeiro gol do São Bento. Ali foi uma falha coletiva de posicionamento. Já pegamos aqui, mostramos a correção no vídeo e no campo".
"A outra foi uma bola parada numa desatenção coletiva, no gol do Goiás, e os outros foram erros individuais bem pontuados por você [jornalista]. Mas posso apostar contigo, não tivemos erro individual como foi o primeiro. Houve correção. Houve correção individual com o jogador, que sempre chamo na parte individual no vídeo e corrijo. E na parte coletiva, quando coloco todos aqui dentro da sala e faço as correções coletivas".
"Tenho um trabalho que se chama positivo e negativo, depois passo para vocês entenderem. É um trabalho que a gente faz muita correção. Trazemos todos os pontos negativos que entendemos do jogo individual e coletiva, fazemos a correção no vídeo e enfatizamos aquilo que é positivo, coletivo e individual".
"E assim a gente vai corrigindo. Por isso que houve uma grande performance do Xandão do primeiro para o segundo jogo [final do Alagoano]. E outras também que procuramos corrigir. Futebol é um processo de melhoras. O futebol se não tiver erro, não tem gol (risos). A gente só procura minimizar os erros para poder minimizar os sofrimentos dos gols e ter performance de excelência".
LEIA MAIS