Brasil está em segundo lugar no crescimento em volume de criptomoedas, segundo a Lemon

Publicado em 12/03/2025, às 13h12

Redação

A América Latina é, sem dúvida, uma das regiões que mais abraçou as criptomoedas. E aqui, o Brasil está no topo dos rankings. De acordo com algumas pesquisas, a região registrou um crescimento superior a 40% no volume de criptoativos recebidos só em 2024, a segunda de maior expansão em todo o mundo, e o Brasil encabeça.

O público brasileiro mostra cada vez mais interesse nos projetos de tokens, principalmente pelo potencial de inovação e oportunidade de diversificação que esses ativos digitais oferecem. Especialistas em economia e tecnologia acreditam que, em períodos de instabilidade no mundo, muitos latino-americanos recorrem às criptomoedas como forma de proteção contra a inflação e a desvalorização cambial.

Enquanto países como Argentina e Venezuela enfrentam cenários de alta inflação, o Brasil, com seu amplo mercado interno e participação de grandes instituições financeiras, desponta como um importante polo para adoção institucional e uso especulativo de criptos. Em 2024, segundo o relatório “Estado da Indústria Crypto”, publicado pela fintech Lemon, o Brasil passou a representar cerca de 9,1% do volume de criptomoedas recebido na LATAM.

Isso é uma mudança em relação aos 7,3% verificados no ano anterior. Essa tendência não se resume ao interesse repentino do público. O país conta com uma excelente e cada vez maior infraestrutura de exchanges, startups e iniciativas de blockchain voltadas tanto para aplicações financeiras quanto para soluções corporativas.

Além disso, a aprovação de regulamentações mais claras no mercado cripto brasileiro ajudou a consolidar essa expansão, estimulando a participação de grandes fundos e instituições, assim como do investidor de varejo. É inegável que se formou, em todo território nacional, uma nova cultura de investimentos em moedas digitais.

E essa cultura não está voltada apenas às mais conhecidas (como Bitcoin e Ethereum), as novas criptomoedas com seus projetos de soluções inovadoras conquistam o público e devem ganhar mais relevância no médio e longo prazo. Segundo dados do relatório global da Chainalysis de 2023, o Brasil é um dos países com maior movimentação de criptoativos.

Não apenas pelo volume transacionado, mas também pela base de usuários ativos em plataformas de negociação. Por outro lado, projetos locais de fintech, soluções de pagamentos instantâneos e o avanço de inovações financeiras, incluindo o próprio PIX, vêm tornando o ecossistema favorável para quem deseja comprar, vender ou negociar criptos.

Isso reflete na popularização de apps específicos do setor, cujo número de downloads no território brasileiro dobrou no segundo trimestre de 2024, em comparação ao mesmo período de 2023, conforme apontado no levantamento da Lemon. Outro fator que impulsiona a adoção de cripto no Brasil é o interesse das empresas em integrar pagamentos em ativos digitais e oferecer serviços relacionados ao blockchain.

Grandes redes varejistas e companhias de serviços já ensaiam aceitar criptomoedas como forma de pagamento ou adotam blockchain internamente, reforçando a visibilidade do setor. Além disso, a oferta de cursos e eventos relacionados ao tema também cresceu, contribuindo para a educação do público e fornecendo informação a quem deseja variar suas fontes de renda ou empreender em soluções cripto.

Ademais, existe uma forte influência da regulação estadual e federal no Brasil, fator que gera discussões sobre a necessidade de proteger o consumidor e combater práticas ilegais, como lavagem de dinheiro. A Lei nº 9.613, de 1998, conhecida como Lei de Lavagem de Dinheiro, estabelece medidas rigorosas para prevenir a utilização do sistema financeiro nacional em atividades ilícitas.

Dados do mercado cripto brasileiro

Muitos analistas apontam que o Brasil conta com uma ampla rede de startups e iniciativas relacionadas a blockchain e criptomoedas. Empresas como Lemon, Bitso e Belo (em menor escala, no mercado nacional) figuram como exemplos de operações que, em conjunto, fortalecem o ecossistema.

No entanto, é a presença de gigantes como Binance, estimada em mais de 50% do market share na América Latina, que amplia o potencial para atrair novos participantes. As próprias fintechs locais acompanham isso, resultando na criação de carteiras digitais que facilitam o uso e a negociação de ativos.

Não é raro encontrar produtos financeiros que incluem opções de staking, lending ou mesmo swap de criptomoedas diretamente pelo celular. Esses mecanismos chamam a atenção de uma parte do público que enxerga na praticidade e na possível valorização dos criptoativos um apelo natural.

Sobretudo, quando grandes instituições, como bancos tradicionais e empresas de cartões de crédito, começam a sinalizar interesse em incorporar soluções criptos, isso transmite ao mercado uma sensação de maior legitimidade. Algumas pesquisas estimam que cerca de 10% a 12% da população brasileira já teve algum contato com ativos digitais.

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