Folhapress
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) prometeu nesta terça-feira (6) solicitar ao governo da Rússia que perdoe o brasileiro Robson Oliveira, ex-motorista do jogador de futebol Fernando. Ele foi preso no ano passado por posse de substância proibida pelas autoridades locais.
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Bolsonaro publicou em redes sociais mensagem na qual diz ter ficado sabendo da situação por meio do jogador do Palmeiras Felipe Melo. Disse que o caso é "complexo, mas não impossível de ser solucionado".
O líder brasileiro indicou ainda que pode tentar um contato direto com o presidente russo, Vladimir Putin, para tratar do pedido. "A Justiça russa é bastante rígida e independente, mas um perdão do governo local será buscado por nós. Hoje serei orientado pelo ministro Ernesto Araújo [Relações Exteriores] para um possível contato com presidente Vladimir Putin", escreveu Bolsonaro.
"Entramos no caso, e o Brasil buscará, diplomaticamente, o retorno de Robson ao Brasil."
O motorista está preso há mais de um ano na Rússia, acusado de tráfico internacional de drogas por ter entrado no país com um remédio que possui cloridrato de metadona -proibida na Rússia.
O governo russo proibiu no fim dos anos 1990 o uso da substância, utilizada no tratamento de vício em drogas. No país, a metadona está listada em lei federal para narcóticos.
Os medicamentos foram encomendados pela família de Fernando, à época jogador do Spartak de Moscou e para quem Robson trabalhava. Atualmente, o volante é jogador do time chinês Beijing Guoan.
O caso de Robson ganhou destaque nas redes sociais na última semana, com a hashtag #JusticaporRobson, compartilhada inclusive por jogadores.
Fernando, por sua vez, publicou em redes sociais mensagens nas quais diz ajudar Robson a provar sua inocência, inclusive com o pagamento de seu advogado.
Bolsonaro, na publicação desta terça, destacou que a substância proibida na Rússia é permitida no Brasil e que, segundo a embaixada brasileira em Moscou, o motorista pode ser condenado a 20 anos de prisão.
"A juíza do caso acaba de se aposentar e, dessa forma, o processo voltou à estaca zero", escreveu.
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