Bolsa Família: número de beneficiários em Alagoas caiu em 2015

Publicado em 01/01/2016, às 13h41

Redação

O Bolsa Família registrou uma queda no número de famílias que receberam o benefício entre 2014 e 2015. A redução foi de 21 mil famílias, segundo o Ministério do Desenvolvimento Social.

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Já o valor pago teve aumento, mas tímido, seguindo a movimentação nacional: Em Alagoas, foram R$ 871,5 milhões pagos em 2014 e R$ 872,2 milhões em 2015. 

As tabelas apontam para uma redução considerável no número de beneficiários, e não só em Alagoas, mas em dezenove Estados do país.


No Nordeste, todos os 9 estados registraram queda no número de famílias beneficiadas.

A tendência, registrada nos números referentes ao último mês de pagamento da bolsa governamental, só não foi sentida nas regiões Sudeste, onde apenas Minas Gerais apresentou redução, e Norte, onde houve queda em três dos sete estados.

De forma geral, a diminuição foi de 66.650 famílias em todo o Brasil, entre 2014 e 2015. No valor total pago durante o ano, a diferença foi de mais de R$ 460 milhões de reais.

‘Desemprego deve causar aumento em 2016’, diz economista


A redução no número de beneficiários constatada este ano não deve se repetir em 2016, pelo menos na região Nordeste, segundo o professor e economista Edmilson Veras. “A tendência é que, no próximo ano, o aumento do desemprego gere, como consequência, um aumento no número de inscritos no programa”, diz Veras. “Só não sei se o governo vai ter recursos para isso”, alerta.

Segundo ele, a diminuição entre os cadastrados pode ser reflexo de uma maior fiscalização por parte do governo. “Tem coisas em Economia que não dá para afirmar categoricamente, mas é possível que a fiscalização mais eficiente tenha causado essa redução. Tem muita gente que recebe o Bolsa Família de forma indevida”, explicou o economista.

Para Veras, não é possível avaliar a quantidade de beneficiários que estariam recebendo a bolsa de forma irregular. “Não dá para saber se é muito ou pouco, pois não havia essa preocupação de fiscalização. Só começou quando ‘faltou dinheiro’, sobretudo nesses últimos anos, quando foi preciso economizar”, concluiu.

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