Baixo índice de vacinação contra paralisia infantil em Alagoas aumenta o risco de a doença voltar no Estado

Publicado em 15/07/2024, às 06h32 - Atualizado às 06h32

Redação

A queda na cobertura da vacinação contra a poliomielite nos últimos anos aumenta o risco da volta da doença no Brasil.
E Alagoas tem sido um dos Estados em que a vacinação não tem alcançado os níveis ideais, aumentando a possibilidade de que crianças de até 5 anos de idade contraiam paralisia infantil, se não forem imunizadas.

É o que explica a jornalista Paloma Custódio, no portal “Brasil 61”:

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“Manter a caderneta de vacinação das crianças atualizada é fundamental. A vacinação protege contra doenças graves, como a poliomielite, que pode causar paralisia infantil.

O Brasil eliminou a pólio, mas as autoridades de saúde alertam: altas coberturas vacinais são cruciais para evitar o retorno da doença. A Organização Mundial da Saúde, a OMS, recomenda uma cobertura de 95% para evitar a reintrodução da pólio. No entanto, Alagoas tem registrado taxas abaixo dessa meta.

Em 2021, a cobertura vacinal em crianças menores de 1 ano no Estado alagoano ficou em 77,5%. Em 2023, chegou a 89,6%.

O diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Eder Gatti, ressalta que o vírus causador da poliomielite continua circulando em outros países, por isso, é essencial que profissionais de saúde, pais ou responsáveis se mobilizem para imunizar os pequenos:

‘A poliomielite é uma doença que, por muitas décadas, causou paralisia e morte em crianças. Só que essa doença não faz mais parte do nosso cenário epidemiológico graças à vacinação e o Brasil, desde 1989, não registra nenhum caso. Embora tenhamos eliminado a doença, ela ainda existe no mundo e pode ser reintroduzida no nosso país. Por isso, é muito importante que os pais levem seus filhos menores de cinco anos para checar a caderneta e fazer a vacinação.’

Todas as crianças menores de 5 anos de idade devem ser imunizadas contra a pólio de acordo com o Calendário Nacional de Vacinação e na campanha anual. O esquema vacinal contra a poliomielite possui três doses injetáveis — aos 2, 4 e 6 meses de idade — e mais duas doses de reforço com a vacina oral bivalente, a gotinha.

O Ministério da Saúde ressalta que a imunização é a principal forma de manter o país livre da poliomielite. Por isso, as doses estão disponíveis durante todo ano nos postos de vacinação.”

 

 

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