Bacalhau está 9,7% mais barato neste ano, mas outros itens de Páscoa subiram

Publicado em 28/03/2018, às 13h57

Redação


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O consumidor que não abre mão do bacalhau no almoço de Páscoa tem uma boa notícia: o preço do peixe caiu 9,67% em relação ao ano passado, de acordo com pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Economia, da FGV (Fundação Getúlio Vargas).

No ano passado, o bacalhau havia subido 5,73% e, em 2016, a alta havia sido de 30,73%.
É preciso ficar atento, no entanto, pois outros itens que fazem parte da bacalhoada subiram. Em geral, a cesta de Páscoa ficou 2,61% mais cara, aponta a pesquisa.

"Alguns produtos tiveram alta significativa", afirma o economista André Braz, coordenador do IPC. Dois grandes vilões -que não foram incluídos na pesquisa da FGV- são o tomate e a cebola. Segundo o IPCA, o preço do tomate subiu 46,38% em 12 meses; a cebola teve alta de 34,37%.

Ainda subiram os preços da batata-inglesa (16,18%), sardinha em conserva (11,82%), atum (5,74%), pescados frescos (4,79%) e vinho (2,89%).

Vale dizer que o índice médio dos itens pesquisados ficou abaixo da inflação acumulada em 12 meses. A prévia do IPCA, que é a inflação oficial do país, ficou em 2,8% neste mês; já o IPC-10, índice medido pela FGV, está em 2,87%.

Braz ressalta que há produtos em queda, como são os casos do azeite (-0,65%), azeitona em conserva (-1,65%), ovos (-2,02%), bombons e chocolates (-10,73%) e couve (-16,39%).

O economista lembra que o estudo foi feito antes da Semana Santa, e que os preços podem estar mais caros neste período.

"A pesquisa não mostra, em definitivo, o que o consumidor vai encontrar para a Páscoa. Às vésperas, além desse aumento de 4,79% do pescado fresco já registrado, o preço do peixe pode subir mais porque a demanda aumenta."

Para ele, agora é a hora para comprar. "Quem deixar para a última hora poderá encontrar preços maiores."

DICAS PARA ECONOMIZAR

- Não deixe para a última hora: Com o aumento da procura, os preços podem subir às vésperas da Páscoa. Além disso, a variedade e a oferta de produtos também tendem a diminuir;

- Calcule preços e quantidade da compra: Pesquise antes de comprar e evite se endividar ou usar o cartão de crédito. Uma mesa farta não pode representar desperdício futuro;

- Divida os custos e compartilhe as compras: Se o orçamento ainda está curto, proponha dividir as despesas com os amigos e os familiares convidados. Uma sugestão é cada um levar um prato, o que alivia o bolso e aumenta a diversidade na refeição.


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