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Uma das participantes mais controversas do Jogos de Paris foi a australiana Rachael Gunn, de 36 anos. Mais conhecida como Raygun, a atleta tirou nota 0 (18-0/18-0/18-0 contra EUA, França e Lituânia) nos três duelos da fase inicial de breaking, que debutava no cenário olímpico.
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Numa disputa em que as pontuações se baseiam na originalidade e na criatividade, a australiana queria dar aos juízes uma visão única. Acabou apenas viralizando nas redes sociais e virando meme.
Houve críticas sobre seus movimentos, incluindo um apelidado de "canguru". Nas redes sociais, muitos internautas postaram vídeos imitando Raygun.
Agora, um novo capítulo foi adicionado à controvérsia envolvendo a atleta do breaking, que também é professora Departamento de Mídia, Comunicações, Artes Criativas, Língua e Literatura da Faculdade de Artes e especialista em estudos culturais na Macquarie University. A colega acadêmica Megan Davis acusou Raygun de tirar notas zero "de propósito" como "parte de um estudo acadêmico", noticiou o "News.com".
"Obter zero ponto propositalmente em três rodadas para um estudo acadêmico subsidiado pelo contribuinte, tanto em nível universitário quanto olímpico, não é engraçado e não é 'tentar'", acusou Megan nas redes sociais. "É desrespeitoso com outros concorrentes", emendou a professora, que também é dirigente de rúgbi na Austrália.
Megan acrescentou que a reabilitação de Gunn do "vexame" foi impulsionada pela "grande mídia", que a apresentou como uma "garota australiana divertida".
"Vida rica e confortável, educada, sem nenhuma preocupação no mundo, nada realmente importa, que diversão, que garota australiana divertida, gargalhadas", escreveu ela.
Raygun terminou criticada até mesmo por usar o uniforme do time da Austrália, ao invés do streetwear urbano adotado por outras competidoras.
Rachael afirmou que entendera que os movimentos únicos seriam o seu "ponto forte" numa disputa com concorrentes mais jovens, que têm maior força, preparo físico e explosão. Antes de se apresentar, ela sabia que poderia não pontuar tão alto, mas esperava que fosse bem recebida pelas torcidas.
Anthony Albanese, o primeiro-ministro da Austrália, manifestou apoio a Raygun:
"É uma tradição australiana pessoas fazendo experimentos. Ela tentou representar nosso país e isso é uma coisa boa."
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