Ausência de campo no novo RG causa polêmica; entenda

Publicado em 13/12/2022, às 11h46
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Ascom Polícia Científica

A nova carteira de identidade nacional implantada pelo governo federal ainda nem começou a ser emitida em Alagoas, mas, quem viu o modelo, percebeu que nela não consta um importante campo. A retirada do espaço para a inclusão de observações foi questionada pela Superintendência do Instituto de Identificação do Estado. 

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Anízio Amorim, superintendente do órgão, explicou que esse espaço é utilizado para inclusão do tipo sanguíneo (A, B ou O) e fator RH (positivo ou negativo), como também de patologias, através da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde, mais conhecida como CID. Em Alagoas, o espaço também é utilizado para inserir o grupo étnico dos povos tradicionais (indígenas e quilombolas). 

Segundo o superintendente, essas informações ficaram embutidas no símbolo de QR Code do novo modelo. Ou seja, em casos de emergência, como um socorro médico, por exemplo, para acessar dados sobre problemas de saúde, o socorrista deverá acessar as informações através do símbolo. 

“Essas observações são de extrema importância para preservar a saúde e salvar vidas em momentos de emergências, visto que a exposição dessas informações permite aos socorristas e às equipes médicas saber se o proprietário do RG tem alguma alergia a medicamentos ou possui alguma doença pré-existente. No atual modelo, ele vai precisar pegar um celular, abrir o QR Code para ter acesso às informações, ou seja, irá perder um tempo precioso no atendimento à vítima”, explicou Amorim. 

O superintendente também lamentou a retirada da exposição dos nomes dos grupos étnico-sociais dos povos tradicionais e originários de Alagoas. Essa informação no RG cumpre um papel social, de reconhecimento e de respeito há 70 comunidades quilombolas, e 11 comunidades indígenas.  

Alagoas é um dos estados que ainda aguardam a autorização do governo federal para passar a emitir o novo modelo da carteira de identidade. Mesmo com tudo pronto na gráfica, a previsão é que o estado comece a produzir esse tipo de carteira de identidade no primeiro trimestre do próximo ano (2023). 

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