Maceió

Auditores fiscais fazem ato e pedem pela condenação dos acusados de matar João de Assis, em Maceió

| 27/10/24 - 14h10
| Foto: Divulgação

Amigos e colegas de profissão do auditor fiscal estadual, João de Assis, assassinado brutalmente enquanto trabalhava, no ano de 2022, realizaram o primeiro ato público com o pedido de condenação dos acusados. A manifestação ocorreu neste domingo (27), na rua fechada, na orla da capital alagoana, durante toda a manhã. 

O secretário especial da Receita Estadual, Francisco Suruagy, destacou a importância do ato público com o pedido de justiça pelo caso. “Além de matarem o João de Assis, eles atentaram contra o estado, contra todos os alagoanos. João estava cuidando e protegendo Alagoas, exercendo seu papel de fiscal, pelo bem de todos os alagoanos”, afirmou Francisco. 

Colegas de trabalho da vítima também participaram do momento, e aproveitaram para relembrar como era a convivência com João de Assis. “João de Assis era um profissional exemplar, querido, de caráter ilibado, irretocável. Mas muito mais do que isso ele era um ser humano ímpar de bons princípios e que lutava pelo bem social e coletivo. Alagoas perdeu um profissional de grande capacidade técnica, mas acima de tudo que tinha garra e coragem para defender os alagoanos”, lamentou Gustavo Calheiros, auditor fiscal e presidente da Associação do Fisco de Alagoas, a Asfal. 

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Na próxima quarta-feira (30), véspera do julgamento, uma nova manifestação será realizada em frente à Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz), onde trabalhava a vítima. A ação está prevista para ter início às 10h. Já no dia do julgamento, as movimentações acontecem no Fórum do Barro Duro, a partir das 7h. 

O julgamento

Serão julgados pelo crime os irmãos Ronaldo Gomes de Araújo, Ricardo Gomes de Araújo da Silva, e João Marcos Gomes de Araújo, além de Vinicius Ricardo de Araújo Silva, todos por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e corrupção de menor. 

Já Maria Selma Gomes Meira, mãe de Ronaldo, Ricardo e João, será julgada pelo crime de ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de menor.

O crime aconteceu em agosto de 2022, durante uma inspeção realizada pela vítima, no qual houve um desentendimento com os acusados. O estabelecimento era investigado por compra e venda de mercadorias roubadas. 

O julgamento está marcado para o dia 31 de outubro, com início no período da manhã, no Fórum do Barro Duro, em Maceió.