Redação
Em entrevista ao repórter Alan Garcia, da TV Pajuçara, o delegado Thales Araújo, Delegado Thales Araújo, coordenador da Gerência de Inteligência Policial (Ginpol) da Polícia Civil, informou que a morte do auditor fiscal da Receita Estadual, da Secretaria de Estado da Fazenda de Alagoas (Sefaz-AL), identificado como João de Assis, cujo corpo foi encontrado carbonizado na noite dessa sexta-feira, 26, foi decorrente de uma desavença com dois comerciantes, após ele flagrar irregularidades em um estabelecimento comercial, localizado no Tabuleiro do Martins. Os suspeitos são dois irmãos, um dos quais já está preso.
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De acordo com o delegado, foi por meio do celular da vítima, abandonado pelos suspeitos em um terreno baldio, em Rio Largo, que a polícia conseguiu chegar aos suspeitos. " Familiares vinham fazendo várias tentativas de contato. Em uma delas, uma pessoa que estava passando pelo local atendeu. O aparelho estava jogado em um terreno baldio e foi entregue a uma guarnição da Polícia Militar. Em seguida, foi repassado à família e posteriormente à Polícia Civil", conta Thales Araújo.
De posse do aparelho, e com acesso concedido por familiares, foi possível, segundo o delegado, constatar que João Assis usava seu aparelho para fotografar as suas fiscalizações e apreensões de produtos irregulares durante o seu trabalho. "A partir daí, nós identificamos uma situação que casava com o horário relatado do desaparecimento dele", disse o delegado, ao explicar como chegou ao primeiro suspeito.
"Em depoimento, ele relatou que a situação foi fruto de uma desavença por causa de uma fiscalização. Ele e o irmão ficaram com medo que empresa deles viesse a ser fechada. A desavença partiu para as vias de fato, o que teria provocado uma queda do servidor da Sefaz, que veio a bater a cabeça e ficou desacordado", relata o delegado.
Ainda segundo ele, o suspeito contou que ele e o irmão achavam que o fiscal estivesse apenas desacordado e que foi atitude do irmão pegar o corpo e levar do local, versão que é contestada pelo delegado. "Muito difícil pela dinâmica que uma pessoa só tenha feito todo o trabalho de levar o corpo, abandonar o veículo e jogar o celular", disse o delegado.
O corpo de João de Assis foi achado carbonizado na região do Rio do Meio, próximo à Usina Cachoeira do Meirim. O veículo da Sefaz, que João dirigia, foi localizado em uma região de canavial, perto da rodovia AL-405.
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