Militar brasileiro que atua em Israel repudia presença do governo Lula em cerimônia com terroristas

Publicado em 02/08/2024, às 17h40 - Atualizado às 17h54

Redação

“Esse não é o Brasil que eu conheço”, diz Rafael Rozenszajn, cujo avô foi acolhido aqui no país quando fugiu do nazismo.

Militar, ele atua em Israel e está indignado com a presença do governo brasileiro, através do vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin, num evento com participação de personagens anti-semitas envolvidos com atividades terroristas.

Inclusive, com direito a foto compondo a mesa principal da cerimônia.

Quem comenta é o jornalista Felipe Moura Brasil:

“O porta-voz das Forças de Defesa de Israel, nascido no Brasil, major Rafael Rozenszajn, criticou a presença do governo Lula, representado por Geraldo Alckmin, na terça-feira, 30 de julho, na posse do presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, ‘que quer acabar com o único país judeu do mundo’.

A imagem do vice-presidente de seu país natal sentado ao lado de líderes terroristas e antissemitas identificados por O Antagonista como Mohammed Abdulsalam (Houthi), Ziyad Al-Nakhalah (Jihad Islâmica), Naim Assem (Hezbollah) e Ismail Haniyeh (Hamas), horas antes da eliminação deste último, em Teerã, rendeu manifestação de Rafael em vídeo, divulgado nesta quinta-feira, 1 de agosto:

O Irã é um país que diz claramente que quer eliminar Israel do mapa. Para isso, o Irã financia, treina e fornece armamentos e informações a diversos grupos terroristas que, dia após dia, atuam para colocar em prática o objetivo final do Irã.

Agora me permitam tirar um aperto do meu coração. Meu avô foi sobrevivente de Auschwitz [campo de concentração da Alemanha nazista no sul da Polônia]. Ele chegou ao Brasil depois de passar os horrores do Holocausto. Sou muito grato ao Brasil por ter recebido meu avô de braços abertos. Tendo nascido no Brasil, gosto muito do povo brasileiro e tenho um amor enorme pelo Brasil.

Dito isso, me sinto na obrigação de manifestar minha decepção ao ver o Brasil sendo representado na posse de um presidente que quer acabar com o único país judeu do mundo, ao lado de líderes do Hezbollah, Hamas, Houthis e Jihad Islâmica. Esse não é o Brasil que eu conheço.

Lembrem-se: grupos terroristas apoiados pelo Irã e um país democrático de direito que quer viver em paz, harmonia e coexistência. Essa guerra é travada entre o bem e o mal. Fiquem do lado do bem.’

Todos os grupos citados, patrocinados pelo regime iraniano, atacaram civis israelenses nos últimos meses, como vem mostrando O Antagonista.

O Hamas matou mais de 1.200 pessoas e sequestrou 251 em Israel, durante o ataque de 7 de outubro de 2013. Com ajuda da Jihad Islâmica, disparou, desde o começo da guerra, cerca de 10 mil foguetes contra o sul de Israel, embora Rafael tenha relatado, em outro trecho do vídeo, que ‘depois da eliminação de Muhammad Deif, o Hamas não conseguiu lançar nenhum foguete’.

Isso mostra o enfraquecimento do Hamas devido a nossas operações na Faixa de Gaza’, disse o major.

Um dos foguetes que haviam sido lançados pela Jihad Islâmica acabou explodindo no estacionamento do hospital Al-Ahli, em Gaza, o que resultou no maior vexame da imprensana cobertura da guerra, ao noticiar mentirosamente o ocorrido como bombardeio de Israel que matou 500 pessoas.

Um foguete do Hezbollah matou 12 civis de 10 a 16 anos – portanto, crianças e adolescentes – e feriu outras dezenas em campo de futebol no norte de Israel.

Um drone (de fabricação iraniana) dos Houthi, rebeldes que controlam áreas do Iêmen, atingiu Tel Aviv, matando um civil e deixando outros dez levemente feridos.

O governo Lula, literalmente, senta ao lado de líderes terroristas e antissemitas, além de silenciar sobre a fraude eleitoral de ditadores.

É natural que a representatividade lulista do país decepcione quem tem a história familiar marcada por um Brasil solidário e acolhedor às vítimas de perseguições nazistas.”

 

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