Atlético-MG admite interesse em Cuca, mas também analisa outros nomes de peso

Publicado em 12/02/2018, às 20h01

Redação

Depois de o Atlético Mineiro ter sofrido uma surpreendente derrota de virada para a Caldense, por 2 a 1, no estádio Independência, em Belo Horizonte, pelo Campeonato Mineiro, o presidente do clube alvinegro, Sérgio Sette Câmara, afirmou na noite do último sábado que tem o interesse em acertar a contratação do técnico Cuca.

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O treinador, que teve passagem marcante pelo comando do time principalmente por levá-lo ao inédito título da Copa Libertadores, em 2013, poderia retornar ao Atlético como escolhido para substituir Oswaldo de Oliveira, demitido na última sexta-feira.

Sérgio Sette Câmara, porém, ponderou que não é fácil contratar um técnico com o status de Cuca, que esteve à frente do Palmeiras em 2016 e até meados de 2017. No primeiro destes anos, ele conduziu à equipe paulista ao título do Campeonato Brasileiro.

"Ele (Cuca) entregou para a gente o maior título, a Libertadores da América. Obviamente, é um nome que interessa e muito às nossas pretensões, mas tem que ter uma conversa que se encaixe nos padrões do clube. Não vou, por ser o Cuca, entregar para ele uma situação financeira que não caiba no nosso bolso. Tudo passa por uma conversa", disse o presidente atleticano, em entrevista à rádio Itatiaia.

O dirigente também revelou que Cuca não é o único treinador analisado como opção para o lugar de Oswaldo de Oliveira e adiantou que a diretoria do clube trabalha com "dois ou três nomes de peso que possam assumir o Atlético".

"Nós estamos fazendo contato com ele (Cuca), assim como estamos fazendo com outros treinadores, porque eu não posso ficar só com uma possibilidade", enfatizou.

Após a derrota para a Caldense, o diretor de futebol do Atlético, Alexandre Gallo, afirmou que o clube "talvez" possa anunciar neste domingo o novo comandante do time.

"Já recebi muitas opções de treinadores para que possam vir para cá. Mas, com responsabilidade, numa conversa diária com o Sérgio (Sette Câmara), nós vamos equacionar isso aí o mais rápido possível", prometeu o dirigente, em entrevista coletiva.

19H30h - Coleta de assinaturas de apoio a projetos de lei de iniciativa popular poderá ser feita pela Internet

http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/POLITICA/553306-COLETA-DE-ASSINATURAS-DE-APOIO-A-PROJETOS-DE-LEI-DE-INICIATIVA-POPULAR-PODERA-SER-FEITA-PELA-INTERNET.html

A coleta de assinaturas de apoio a projetos de lei de iniciativa popular poderá ser feita pela Internet. A mudança está entre as sugestões apresentadas durante a discussão da reforma política.

A comissão especial que discutiu a matéria no ano passado aprovou relatório sobre os mecanismos de democracia direta e sugeriu projeto de lei com novas regras para plebiscitos, referendos e projetos de lei de iniciativa popular.

Pelo texto, as assinaturas de apoio a propostas de iniciativa popular poderão ser colhidas eletronicamente e a Câmara dos Deputados disponibilizará gratuitamente plataforma tecnológica de sua propriedade destinada à coleta de subscrições.

O relator da reforma política, deputado Vicente Cândido (PT-SP), afirmou que o objetivo da proposta é facilitar o acesso do cidadão a essa ferramenta democrática importante, além de garantir transparência no processo.

"O mundo mudou, o Brasil mudou, os costumes da sociedade estão mudando. A relação do poder público com a sociedade tem sofrido muitos abalos e provocações pelo mundo afora. E nós precisamos usar sobretudo as novas tecnologias para interagir com a sociedade. O Brasil está muito atrasado nessa matéria", argumentou.Para atender a essa futura modalidade de apresentação de propostas de iniciativa popular, a Câmara vem desenvolvendo um sistema em parceria com a Universidade de Brasília e o Instituto Ethereum.

Consultor da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, Ricardo Paixão explicou que o sistema vai contar com um módulo de auditoria que poderá ser consultado por qualquer cidadão em qualquer lugar do mundo.

"A iniciativa do parlamento é no sentido de incrementar um mecanismo de democracia direta que já estava sendo oferecido pela Constituição e dotar esse mecanismo de todos esses meios para que o processo seja o mais transparente possível. É um passo significativo para aumentar a participação cidadã dentro das atividades legislativas", destacou.

Para o professor de computação da UnB Alexandre Gomes, apesar de previstas na Constituição, as propostas de iniciativa popular têm um processo quase impossível de ser cumprido.

"É extremamente ineficiente em termos práticos, porque demanda uma coleta de assinaturas cuja validação não é logisticamente viável. Desde 1988 até hoje, nós tivemos apenas cinco projetos de iniciativa popular que entraram no processo legislativo. Geralmente, não é assim que acontece, geralmente o projeto é adotado por algum parlamentar que se sensibiliza com aquilo", afirmou.

Regras

O projeto sugerido pela comissão especial da reforma política determina ainda que o prazo máximo de coleta de subscrições de um projeto de lei será de dois anos, contado a partir do registro da respectiva minuta junto à Câmara dos Deputados.

A coleta eletrônica de assinaturas será realizada por meio de plataformas tecnológicas que atendam aos requisitos de segurança e transparência estabelecidos pela Câmara dos Deputados, necessários para coibir a coleta fraudulenta de subscrições; coibir a utilização indevida dos dados pessoais dos subscritores; assegurar que a plataforma disponha de mecanismos de segurança que impeçam o acesso não autorizado de terceiros aos dados de subscrição. A proposta diz ainda que Câmara poderá auditar plataformas desenvolvidas por terceiros.

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