Associação de Produtores de Eventos diz que vai ajudar a fiscalizar festas de final de ano em Alagoas

Publicado em 21/12/2020, às 14h21
Arquivo/Pei Fon/Secom Maceió -

Assessoria

A Associação Brasileira de Produtores de Eventos (Abrape/Alagoas) vai colaborar com os poderes públicos no sentindo de ajudar os órgãos competentes na fiscalização dos eventos que serão realizados neste final de ano, aqui no estado. Com isso, a entidade quer demonstrar respeito ao Decreto nº 71.467/20, publicado no Diário Oficial do Estado em 30 de setembro deste ano, que limitou eventos com a capacidade de público de 300 pessoas e disciplinou os protocolos sanitários que precisam ser obedecidos.

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Diante de tal decisão, a Abrape preparou sua equipe para orientar e conscientizar os empresários sobre as medidas que precisam ser seguidas para evitar a disseminação do novo coronavírus. Além disso, ela também realizará visitas aos locais que anunciaram festas das prévias e de réveillon. “Nós acreditamos que os eventos podem, sim, acontecer, de forma segura. Se seguirmos as regras impostas pelo decreto governamental, não tem como dar errado. Agora, para isso, é necessário que o público também entenda os protocolos adotados e respeite-os. Esse é um compromisso que tem que ser assumido por todos nós, de forma coletiva. Então, se defendemos que as festas sejam realizadas, temos que promovê-las da forma correta. E é por este motivo que decidimos ajudar na fiscalização”, explicou Sérgio Feitosa, diretor regional da Abrape Alagoas.

“Estamos, inclusive, disponibilizando um número de telefone para que a sociedade também exerça o seu papel fiscalizatório”, completou, informando que o contato é o 82 99180-7951.

Estudo Restart-19

Ao defender a realização de eventos de maneira segura, Sérgio Feitosa destacou o estudo científico denominado Restart-19, promovido pelo University Medical Center Halle (Saale), na Alemanha. Tal pesquisa analisou o risco de infecção da Covid-19 em grandes eventos internos de forma simulada. O primeiro teste foi feito num concerto que trabalhou com três cenários diferentes, envolvendo um total de 4 mil pessoas que, ao concordarem em participar do estudo, recebeu um contato tracer, um pequeno dispositivo que coleta dados científicos. Esses mesmos dados foram avaliados, modelados, calculados e verificados ao longo de um período de várias semanas.

No cenário 1, foi simulado um evento com 4 mil visitantes e uma sequência de eventos como se eles tivessem acontecido anterior ao início da pandemia. No cenário 2, 4 mil visitantes também puderam entrar no Quarterback Immobilien Arena, mas de acordo com um conceito de higiene otimizado e distâncias significativamente maiores entre os participantes. Já no terceiro cenário, uma distância de 1,5 metro é mantida nas arquibancadas e há um público de 2 mil pessoas.

Realizado em agosto, o resultado foi divulgado em outubro último e o que os pesquisadores concluíram é que, “se os conceitos de higiene forem respeitados, impactos adicionais na pandemia como um todo são baixos a muito baixos”.

“A pesquisa mostrou que um maior número de contatos ocorre durante a admissão ao local, então, se tivermos uma entrada organizada, com um planejamento focado nesse aspecto do distanciamento, o risco de infecção é bem menor. A ventilação insuficiente pode aumentar significativamente o número de pessoas expostas, também mostrou o estudo. Por isso que os eventos só podem ocorrer em locais abertos. Ou seja, respeitando-se as regras, a possibilidade de contaminação é baixa ou muito baixa”, reforçou Sérgio Feitosa. 

A pesquisa pode ser encontrada no site https://restart19.de/en/.

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