Redação
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, disse neste sábado que os brasileiros podem votar amanhã sem medo, apesar dos episódios de violência durante a campanha em várias cidades. Na última quarta-feira, um candidato foi morto em Itumbiara, em Goiás, e o vice-governador do estado ficou ferido. No dia seguinte, uma onda de ataques ocorreu em São Luís, no Maranhão. Gilmar embarcou hoje para a capital maranhense para verificar a situação do local e disse que, no domingo, conversará com o presidente Michel Temer sobre a crise de segurança no país.
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- As pessoas podem ir votar, nós tomamos todas as medidas, devem votar sem medo. Uma das condições básicas do voto é exatamente a liberdade de fazer a escolha. Nós temos preocupação com esse quadro de insegurança, mas tomamos todas as providências. Tudo aquilo que foi pedido pelos Tribunais Regionais Eleitorais ou pelos governadores foi atendido. Todas as providências foram tomadas e as pessoas devem se sentir seguras, devem ir votar — disse o ministro.
O TSE destinou a presença de militares para 449 municípios de 14 estados. Junto com a polícia local, eles reforçarão a segurança no domingo. Gilmar disse que está tratando do tema segurança pública os ministros Raul Jungmann, da Defesa, e Alexandre de Moraes, da Justiça. Jungmann vai acompanhar o presidente do TSE na visita a São Luís. Segundo Gilmar, a situação revela um problema de segurança pública, e não da Justiça Eleitoral.
— Acho que nós vamos ter eleições em paz. Agora, todavia, nós não podemos esquecer que temos um grave problema de segurança. A insegurança não é uma insegurança do quadro eleitoral ou causada diretamente pela disputa eleitoral. O Brasil está vivendo um quadro de insegurança pública, esse tema precisa entrar na agenda nacional. Não se trata apenas de um problema dos estados, é um problema também da União — avaliou o presidente do tribunal.
Aparentemente, organizações criminosas dominam presídios e ordenam atentados fora do presídio. Esse é um quadro das nossas prisões e da nossa insegurança pública _ declarou Gilmar.
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