Argel elogia Bahia, mas tenta bolar estratégia para reverter pressão da Fonte Nova

Publicado em 29/08/2019, às 18h35
Bahia deve ter casa cheia na Fonte Nova contra o CSA | Felipe Oliveira / Bahia -

Paulo Victor Malta

Enquanto ajusta o CSA para o duelo com o Bahia, o técnico Argel Fucks também tem estratégias para a partida em Salvador. O treinador azulino concedeu entrevista coletiva na última quarta-feira (28), ainda em Maceió, e comentou sobre o fator da casa do Tricolor de Aço. 

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"Hoje a gente vê que não só o Campeonato Brasileiro, mas a própria Libertadores tem mostrado isso. Às vezes você jogar fora de casa tem alguma vantagem, digamos assim. Eu particularmente gostaria de jogar sempre em casa com o nosso torcedor jogando junto, como sempre foi. Mas a gente tem visto isso. Por exemplo, o jogo do Grêmio com o Palmeiras ninguém imaginava, e o Grêmio acabou resolvendo o jogo em 7 minutos. Hoje em dia os jogadores estão muito preparados, as equipes se conhecem muito. Os jogadores e treinadores experientes de cada lado se conhecem. Às vezes o fator casa em vez de ajudar, te atrapalha. Porque você jogar com estádio cheio e as coisas não acontecerem... Há uma pressão muito grande para fazer um gol, você toma o gol e o jogo muda. O jogo hoje é muito mais psicológico do que técnico e tático". 


Foto: Augusto Oliveira / Ascom CSA

"O Palmeiras estava muito bem na partida, tomou um gol, psicologicamente se abateu, tomou o segundo e se abateu mais ainda. E aí você não consegue mais achar o rumo. Isso acontece com os grandes clubes, com os grandes times, com os grandes jogadores. Por isso que o futebol é apaixonante como é. Não tem uma regra decidida, ele prega peças, o futebol é assim. Você ganha no último minuto, você perde no último minuto. Você ganha com jogador a menos, você ganha na casa do adversário. Temos que estar preparados para todo tipo de adversidade que vamos encontrar lá", discursou o técnico marujo. 

Para essa partida, o CSA não vai contar com o zagueiro Luciano Castán e o volante João Vitor, ambos suspensos pelo terceiro cartão amarelo. A tendência é que Ronaldo Alves ganhe a vaga na zaga e Apodi retorne à lateral-direita, com Dawhan assumindo a posição de João Vitor. O treinador, no entanto, ainda não revelou a escalação.  

"O Bahia é muito forte jogando dentro da Fonte Nova. A gente tem noção do que é. Conheço o trabalho do Roger Machado, nos enfrentamos várias vezes em Gre-Nais lá, várias vezes em Ba-Vis. A gente sabe da dificuldade, a torcida lota o estádio. Tem uma atmosfera legal para jogar lá. O estádio fica cheio, a torcida joga junto com o time. A gente gosta desse tipo de jogo, jogo grande, com adversário de qualidade. A gente vai definir uma estratégia e uma escalação em cima do que a gente tem, buscando as melhores peças para esse jogo, para esse momento. Em cima disso a gente precisa agredir o adversário. Sempre digo que a melhor defesa é o ataque. Não adianta você ficar só se defendendo e jogar por uma bola, que às vezes não acontece. Precisamos agredir o adversário, propor o jogo, fazer com que o adversário sofra. Como aconteceu aqui, principalmente no segundo tempo contra o Cruzeiro. Colocamos o Cruzeiro numa situação muito difícil. Agredimos o Cruzeiro. O Cruzeiro teve problemas, adversidades, e é isso que a gente quer", analisou Argel. 

Após empatar em 1 a 1 com o Cruzeiro no Rei Pelé, o CSA chegou aos 12 pontos e permaneceu na 19ª colocação. O Azulão enfrenta o Bahia neste sábado (31), às 17h, na Arena Fonte Nova, em Salvador, no confronto válido pela 17ª rodada do Brasileirão. 

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