Após reunião com MPE, reforma de igreja histórica em São Miguel dos Milagres será acompanhada por especialistas

Publicado em 30/03/2022, às 17h16
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Redação TNH1

Após audiência de conciliação na tarde desta quarta-feira, 30, marcada pelo Ministério Público Estadual diante das denúncias de destruição e descaracterização da igreja de Nossa Senhora Mãe do Povo, em São Miguel dos Milagres, provocadas por uma obra de reforma, ficou definido que a paróquia de São Miguel dos Milagres, responsável pelas obras, deve contratar uma arquiteta especialista em restauro, para fazer um acompanhamento dos trabalhos, e que um grupo de especialistas vai acompanhar a reforma.  O TNH1 apurou que a arquiteta já está contratada.

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A reunião, convocada pelo promotor da Comarca de Passo de Camaragibe, na Região Norte, Ary Lages Filho, contou com a presença de representantes da Prefeitura de São Miguel dos Milagres, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico nacional (Iphan), Ordem dos Advogados do Brasil secção Alagoas (OAB-AL), Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU), e da paróquia de São Miguel dos Milagres.

De acordo com o promotor Ary Lages, foi criado um grupo de Whatsapp com a participação de todos que estiveram na audiência de conciliação. “O objetivo é que daqui para frente tudo seja feito em conjunto, para que haja esse acompanhamento técnico. Na minha opinião, não houve má-fé da paróquia, o que houve foi a ausência do acompanhamento técnico, o que gerou de fato a destruição de bens de valores históricos”, disse o promotor.

Veja vídeo:

Durante a reunião, representantes do Iphan propuseram dar início ao processo de tombamento municipal da igreja de Nossa Senhora Mãe do Povo, já que o bem histórico não é tombado, embora a autarquia federal já tivesse demonstrado o interesse no tombamento. "O tombamento vai dar mais segurança e proteção ao bem cultural, mas por enquanto é uma sugestão", disse o promotor Ary Lages. Segundo ele, o processo de tombamento deve começar a ser discutido por meio do grupo formado no Whatsapp.

O Iphan também reforçou a necessidade de um trabalho de educação patrimonial em São Miguel dos Milagres e reforçou que o entorno da igreja é um sítio arqueológico que deve ser devidamente preservado.

 Denúncia - A polêmica sobre a reforma da igreja surgiu após um vídeo gravado pela arquiteta Caroline Couto denunciando o prejuízo ao patrimônio histórico. As imagens mostram que os trabalhos estavam sendo feitos sem acompanhamento técnico e estavam descaracterizando o bem histórico. As obras foram suspensas pela Prefeitura de São Miguel dos Milagres no último dia 22 e só devem ser retomadas quando a paróquia estiver de posse do RRT (Registro de Responsabilidade Técnica), documento que comprova que uma obra de arquitetura foi projetada, executada ou vistoriada por um arquiteto.

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