Após matar pais e irmã, adolescente de 16 anos esfaqueou corpo da mãe no dia seguinte

Publicado em 22/05/2024, às 15h03
Adolescente matou os pais e a irmã em São Paulo. Crime teve repercussão nacional | Reprodução / Arquivo pessoal -

Paulo Victor Malta

O adolescente de 16 anos que foi apreendido após matar os pais e a irmã na Vila Jaguara, Zona Oeste de São Paulo, esfaqueou o cadáver da mãe um dia depois de matá-la. Segundo o delegado do caso, Roberto Afonso, que lidera a investigação, o jovem ainda sentia raiva da mãe, mesmo após tê-la assassinado com um tiro. 

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A informação foi revelada pelo delegado em entrevista ao g1. 

"Ele fala que deu um tiro na nuca do pai. Aí a irmã ouviu o disparo, e ele acessou o primeiro andar e efetuou um disparo no rosto da irmã. Aguardou a mãe chegar. A mãe chegou, e ele fez mais um disparo. Acertou a mãe. No dia seguinte, ele ainda pegou a faca e ainda esfaqueou a mãe porque ainda sentia raiva".

Os pais do menor - Isac Tavares Santos, de 57 anos, e Solange Aparecida Gomes, de 50 - e a irmã - Letícia Gomes Santos, de 16 - foram encontrados mortos dentro da própria casa. Eles foram mortos na sexta-feira (17) e o menor foi apreendido na madrugada da última segunda (20) após confessar à polícia.

"Ele tomou um susto. Foi uma surpresa pra ele que na hora que foi falado: 'você vai ser preso'. Ele se espantou com isso. A gente não sabe se ele estava fora da realidade com relação à apreensão ou pode ser que ele tenha considerado que é um adolescente. A gente vai estar analisando lá na frente", afirmou o delegado ao portal.

De acordo com a polícia, o adolescente decidiu matar a família após os pais terem o proibido de ter acesso ao celular e ao computador na quinta (16). Ele ainda relatou que foi chamado de “vagabundo”.

"A perícia será muito importante nos aparelhos dele, dos pais e irmã. No momento não podemos dizer se teve algum mentor. Até agora sabemos que era uma família pacata. Vamos aprofundar na investigação. É um caso que sempre choca, né? Você tem familiares que foram assassinados por um outro familiar. É um homicídio intrafamiliar. Sempre chama atenção a frieza, porque são familiares. Matou três familiares e tem espaçamento de tempo. As questões nós vamos levantar, e mais pra frente vamos traçar um perfil do garoto", completou o delegado.

"Ele fica esse tempo apreendido na Fundação Casa. O Ministério Público, titular da ação penal, vai estabelecer da necessidade de rigidez mental para saber se ele estava em sã consciência. Isso tudo tem que ser analisado e o MP fará isso aí. Vamos aguardar o laudo", detalhou Roberto Afonso.

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