Ana Carla Vieira
A Coordenação de RH da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Tabuleiro dos Martins disse, através de nota enviada nesta terça-feira (25), pela Secretaria de Estado da Saúde de Açagoas (Sesau), que avalia se outros documentos fraudulentos foram apresentados anteriormente à demissão de duas técnicas de enfermagem que teriam apresentado atestado médico falso.
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De acordo com a Direção da UPA, caso se comprove a prática delituosa, os demais atestados serão encaminhados para avaliação e deliberação do Departamento Jurídico.
A prática foi detectada pela Coordenação de Recursos Humanos da UPA devido a incoerências nos dados dos atestados, e foi confirmada pela médica, cujo nome e carimbo do CRM constavam nos documentos. A profissional atestou a falsidade da assinatura, bem como o uso indevido do seu carimbo e do timbre de uma unidade de saúde localizada em Satuba, onde ela atua.
"Salientar ainda que a unidade não compactua com desvios de conduta praticado por seus colaboradores e informa que está à disposição das autoridades policiais para prestar os esclarecimentos que julgarem necessários", diz a nota da Sesau.
O caso - Um esquema de emissão de falsos atestados começou a desmoronar depois que uma médica tomou conhecimento do uso indevido do seu nome e registro profissional por parte de funcionários da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Tabuleiro do Martins, em Maceió.
A médica em questão atende em postos de saúde do município de Satuba, na Região Metropolitana de Maceió, onde o caso foi levado à polícia após orientação da Secretaria Municipal de Saúde.
"Tomei conhecimento, na data 17 de março, de que meu carimbo médico foi utilizado para emissão de atestados médicos falsos. Acredito que pode ter sido realizado um carimbo com meus dados ou que meu carimbo tenha sido extraviado em momento de trabalho, em seguida devolvido sem que eu tomasse conhecimento", disse a médica ao registrar Boletim de Ocorrência (B.O.) no 14⁰ Distrito Policial de Satuba.
De acordo com a Sesau, duas técnicas de enfermagem foram demitidas por justa causa, na última semana, após constatado que utilizaram falsos atestados médicos para justificar falta ao trabalho.
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