Redação
Os funcionários da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município de São Miguel dos Campos ameaçaram paralisar parcialmente os atendimentos a partir da próxima quarta-feira, 21. Eles estão sem receber os salários referentes ao mês de novembro e alegam que não tiveram nenhuma satisfação sobre o atraso.
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Um dos funcionários, que preferiu não se identificar, informou que a situação vem ocorrendo ao longo dos últimos meses, mas esta é a primeira vez que o pagamento não é depositado.
“Não tem prazo estipulado para receber e a informação que temos é que a qualquer momento pode sair, mas até agora nada. A primeira data seria até o quinto dia útil, mas já chegamos ao dia 20 e nenhuma satisfação foi dada. Não tivemos nenhuma resposta da Santa Casa ou da prefeitura. Todos os servidores estão sem receber. Se o pagamento não entrar até amanhã iremos cruzar os braços e só vamos atender as emergências”, afirma.
O diretor do hospital Santa Casa de São Miguel dos Campos, que é também responsável por gerir os recursos de manutenção da UPA, Ademar Solon, afirmou que o débito com os funcionários não possui data definida para ser quitado.
“Os valores para manutenção da UPA são divididos entre União, Estado e Município. Como o Ministério da Saúde ficou sem recurso no final do ano, precisando de suplementação orçamentária, isso só pode ser realizado após deputados e senadores aprovarem a suplementação, o que aconteceu na última sexta-feira. A previsão de saída desses recursos é para amanhã, no entanto, para o valor do pagamento da folha da UPA daqui nos realizamos com dinheiro do município e esse repasse ainda não foi realizado, o que deveria ter sido feito no dia 10, e até hoje não o recebemos. A segunda parcela do 13º salário, que o prazo de pagamento é amanhã, a gente já está depositando hoje, porque é um recurso que nós provisionamos. Mas, o da folha, somente quando o município, o estado ou a união fizerem os repasses”, explicou.
Sobre uma possível paralisação dos funcionários, Ademar confirmou que é uma possibilidade, ressaltando que os atendimentos seriam parcialmente paralisados. “O nosso setor jurídico está preparando um documento cobrando o repasse e existe a possibilidade da diminuição dos atendimentos apenas para emergências e urgências”, contou.
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