Após ação da PM contra facções matar 7, Salvador tem tiroteios na madrugada

Pelo menos sete pessoas foram mortas e oito presas em uma operação da Polícia Militar da Bahia contra facções criminosas que ocorre desde segunda-feira (4) nos bairros de Alto das Pombas e Calabar, em Salvador. A violência continuou na madrugada, quando foram registrados tiroteios na região.

Mortos teriam entrado em confronto com a polícia, disse o secretário de Segurança Pública da Bahia, Marcelo Werner, em coletiva de imprensa na terça-feira (5). Os mortos não foram identificados pela PM; três suspeitos feridos foram levados ao Hospital Geral do Estado (HGE). As informações são da terça-feira.

Na madrugada desta quarta-feira (6), novos tiroteios foram registrados por moradores.

"Policiamento permanece intensificado na região por tempo indeterminado", informou a PM. A região está com equipes da 41ª CIPM, da Companhia Independente de Policiamento Tático/Rondesp Atlântico, bem como com Unidades de Policiamento Especializado.

Secretário afirmou que ação é "cirúrgica e pontual" contra membros de facção da região. "A guerra de facções é a principal responsável pela criminilidade e violência no nosso estado, e por isso temos realizado ações cirurgicas e pontuais, reforçando policiamento e inteligencia, para que possamos cada vez mais inibir ações como essa e a política do terror que eles querem implementar", declarou Marcelo Werner à imprensa.

Operação liberou 17 pessoas feitas reféns, sendo 10 da mesma família. Segundo a PM, os sequestros ocorreram em diferentes pontos após o início dos confrontos com os criminosos e contaram com negociações do Bope (Batalhão de Operações Policias Especiais). Nenhum refém ficou ferido, e oito acusados foram presos.

Foram apreendidas 17 armas de fogo -6 fuzis e 11 pistolas-, além de três granadas e drogas, incluindo 114 porções de maconha e 139 porções de cocaína, diz a polícia.

BALA PERDIDA ATINGIU 13º ANDAR DE PRÉDIO - População fugiu dos bairros. Segundo o jornal baiano Correio, moradores eram vistos indo para a casa de parentes após terem as casas invadidas por criminosos que se escondiam da polícia. "Meu pai estava em casa com meu irmão de 13 anos e viu os bandidos entrando pela sala. Ele contou que foi desesperador. Os dois saíram só com as roupas do corpo e eu vim buscar algumas coisas", contou uma moradora que preferiu não se identificar.

Uma bala perdida alcançou um apartamento no 13º andar no bairro Apipema. Em entrevista ao Correio, a moradora Ritah Oliveira, de 57 anos, disse que não foi atingida pois estava no quarto, e não na sala, por onde a bala atravessou o vidro da janela.