Redação
O mundo político alagoano está a se perguntar quais serão os desdobramentos a partir do momento em que o prefeito João Henrique Caldas (PL) comunicou ao deputado federal Arthur Lira (PP/AL) que escolheu o senador Rodrigo Cunha (Podemos/AL) para ser vice na chapa em que concorrerá à reeleição.
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Em 2020, mesmo sem fazer parte da chapa vitoriosa encabeçada por JHC (o vice eleito na ocasião foi Ronaldo Lessa, hoje vice-governador do Estado), Rodrigo Cunha, então presidente regional do PSDB, foi o principal apoiador do atual prefeito.
Certamente pesou bastante na opção por Cunha a circunstância relevante de a médica Eudócia Caldas, sua primeira suplente no Senado, ser mãe do prefeito – e ganhará dois anos de mandato como senadora se seu filho for reeleito prefeito, com o senador de vice.
Arthur Lira e o seu PP juntaram-se a JHC na reforma administrativa executada no início do ano passado, quando seu partido emplacou no secretariado o ex-deputado estadual Davi Davino Filho (terceiro colocado na disputa pela prefeitura em 2020) e sua prima Jó Pereira, também ex-deputada estadual.
Uma hipótese colocada na noite de ontem (4) era que hoje cedo os indicados por Lira para cargos de confiança na prefeitura pediriam exoneração.
Também passou a apoiar e a participar da gestão JHC, no início de 2023, o deputado federal Alfredo Gaspar (União Brasil), que ficou em segundo quando concorreu a prefeito na eleição passada.
O que acontecerá a partir de agora no processo sucessório de Maceió?
O PP terá mesmo candidatura própria?
Qual será a posição do deputado Alfredo Gaspar com o seu União Brasil?
O MDB manterá o deputado federal Rafael Brito como pré-candidato ou vai aderir aos dissidentes?
São perguntas até agora sem respostas, mas que deverão ser respondidas, certamente, pela urgência que o momento exige – afinal, desta quinta-feira (6) até o dia da eleição há um espaço de tempo de apenas quatro meses.
Período em que estará sendo colocado à prova o até agora reconhecido favoritismo de JHC.
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